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Autarquias da Operação Rota Final celebraram contratos de 22 milhões de euros com a Transdev

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TRANSDEV

Das 18 autarquias investigadas na Operação Rota Final, 15 delas celebraram contratos com a Transdev. A empresa de transportes recebeu 22 milhões de euros pela prestação de serviços relacionados maioritariamente com passes e transportes escolares.

A Operação Rota Final promoveu várias buscas em 18 autarquias do Norte e do Centro do país. Em causa está uma operação da Polícia Judiciária sobre um alegado esquema fraudulento de viciação de procedimentos de contratação pública.

Agora, segundo avança o jornal Público, 15 das 18 autarquias investigadas tinham contratos com a Transdev, a empresa de transportes que foi uma das visadas das buscas de quarta-feira. Os valores dos contratos atingiam os 22 milhões de euros e baseavam-se principalmente na prestação de serviços relacionados com passes e transportes escolares.

A Câmara Municipal de Barcelos é responsável por uma grande fatia desse dinheiro. Miguel Costa Gomes, um dos principais arguidos da Operação Teia, celebrou 22 contratos com a Transdev desde a sua tomada de posse em 2009. Todos os contratos foram por ajuste direto e, no total, rondaram os 14 milhões de euros.

Além disso, a autarquia barcelense celebrou 12 contratos com a Minho Bus e 11 com a Rodoviária D’Entre o Douro e Minho, duas das 11 empresas detidas pelo grupo Transdev.

Álvaro Amaro, ex-presidente da Câmara da Guarda e agora eurodeputado eleito nas listas do PSD, foi constituído arguido após as buscar de quarta-feira. Na altura em que estava no poder, Amaro foi responsável por grande parte dos 24 contratos que a Câmara Municipal da Guarda assinou com o grupo Transdev, no valor de 966 mil euros e por ajuste direto.

Durante o seu mandato na autarquia, foram celebrados contratos com a Empresas de Transporte António Cunha, a Rodoviária da Beira Interior e a Transdev Interior no valor de 774 mil euros.

De acordo com os dados do Portal Base, Lamego é a segunda autarquia com um maior valor negociado com a Transdev. Foram celebrados seis contratos durante a presidência de Ângelo Moura no valor de 2,74 milhões de euros.

ZAP //

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3 Comments

  1. Deviam investigar mais câmaras. Conheço muitas outras onde a Transdev anda.
    Mas pondo de lado a Transdev, investiguem a fundo as autarquias. Estou convicto que isto da Transdev é uma gota num enorme oceano de corrupção. A grande maioria dos autarcas pensa que é dono da câmara, do concelho e do dinheiro. E pior do que isso tendem a agir em conformidade com esta linha de pensamento. Só assim se justifica empregar os familiares e os amigos, fazer obras desnecessárias por valores totalmente absurdos, berrar e rebaixar funcionários, perseguir munícipes que não alinhem com o seu partido… Enfim, o poder local em todo o seu esplendor.

  2. Na minha modesta opinião, haverá uma grande cota de responsabilidade, da administração pública em adiar decisões ou decidir avulso sem ter em conta a vida dos cidadãos, nomeadamente os habitantes dos concelhos servidos pelo “Ramal da Lousã” ( Coimbra Cerpins), deixando a decisão para remediar um problema que seria provisória, para as autarquias, que tem que resolver problemas imediatos, e que se forem pela via dos concursos e face à burocracia da administração…que é de facto sempre penalizado são os cidadãos, nunca os órgãos decisores, esse dizem que fazem tudo o que podem, sem de facto o fazer e arranjam sempre uma desculpa esfarrapada quando os resultados não aparecem.
    Não estou a tomar a defesa de ninguém, pois se se provar que os envolvidos tiram partido, seja ele qual for em proveito próprio em prejuízo dos cidadãos, pois que sejam punidos de forma exemplar, agora acho que existe uma grande cota de responsabilidade por parte da administração central, nomeadamente no que diz respeito aos transportes públicos.

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