Autarca que engoliu prova começa a ser julgado (com actores chamados a tribunal)

O antigo-vice-presidente da Câmara de Portimão, Luís Carito, começa nesta terça-feira a ser julgado, depois de ter engolido uma alegada prova dos crimes relacionados com o projecto que visava tornar a cidade algarvia na “Meca do Cinema”.

O caso reporta-se a 2013 quando Luís Carito era vice-presidente da Câmara de Portimão. Foi nessa altura que, aquando das buscas policiais à sua residência, por suspeitas de crimes de burla qualificada e branqueamento de capitais, retirou das mãos de um inspector da Polícia Judiciária um papel e o engoliu.

O documento teria nomes e quantias bancárias que poderiam servir de prova contra ele no processo, conforme adiantou a comunicação social na altura.

Além de Luís Carito, há mais nove arguidos por suspeitas relacionadas com contratos municipais celebrados no âmbito de um projecto megalómano que visava transformar Portimão na “Meca do Cinema”.

O Ministério Público alega que “os arguidos agiram de forma concertada com a intenção de obter benefício patrimonial indevido à custa do prejuízo causado às empresas Turis e Urbis, ao município de Portimão e ao Estado”, como cita a TSF.

Os arguidos são suspeitos de terem lesado o Estado em 4,6 milhões de euros. A Câmara de Portimão pede também uma indemnização de 700 mil euros, considerando que sofreu graves prejuízos financeiros.

Os actores Joaquim de Almeida e Pêpê Rapazote estão entre as testemunhas que serão ouvidas em tribunal, depois de terem participado em eventos relacionados com o projecto da “Meca do Cinema”, como avançou o Correio da Manhã.

O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, o filho do antigo presidente da República Ramalho Eanes, a antiga secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, e os antigos gestores da ZON e da PT, Miguel Rodrigues e Luís Pacheco de Melo, respectivamente, também vão ser ouvidos como testemunhas.

ZAP //

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