Um computador do autor do atentado a Donald Trump, no último dia 13 de julho, incluía uma pesquisa pela “distância a que estava o atirador que matou John F. Kennedy”. A informação foi avançada pelo diretor do FBI, esta quarta-feira.
A pesquisa no motor de busca Google encontrada no computador portátil do atirador de Donald Trump tinha uma referência a Lee Harvey Oswald, o homem que matou o antigo presidente John F. Kennedy em Dallas, a 22 de novembro de 1963.
A pesquisa, aparentemente feita pelo atirador Thomas Matthew Crooks, foi feita a 6 de julho, uma semana antes da tentativa de assassinato do candidato presidencial republicano Donald Trump, em Butler, na Pensilvânia.
A informação foi avançada pel o diretor do FBI, Christopher Wray, esta quarta-feira, numa audiência perante o Comité Judiciário da Câmara de Representantes do Congresso dos Estados Unidos.
O líder do FBI informou ainda que a sua agência recuperou um drone e um controlador do carro de Crook, de 20 anos, e está a analisá-lo.
O depoimento de Wray perante o Comité Judiciário da Câmara incluiu vários pormenores sobre o atentado de 13 de julho.
Na semana passada, Wray já tinha informado em privado os membros do Congresso de que Crooks tinha fotografias de Trump e do presidente democrata Joe Biden no seu telemóvel e que tinha consultado as datas da Convenção Nacional Democrata, bem como das aparições de campanha de Trump.
Wray prometeu aos congressistas que o FBI “não deixará pedra sobre pedra” na investigação do atentado.
“Há algum tempo que digo que vivemos num ambiente de elevada ameaça e, tragicamente, a tentativa de assassinato no condado de Butler é outro exemplo – particularmente hediondo e público – do que tenho vindo a falar”, explicou o diretor do FBI.
A audiência foi marcada muito antes do atentado de 13 de julho, como parte da supervisão de rotina do comité sobre o FBI e sobre o Departamento de Justiça.
Apesar de ter sido nomeado por Trump, Wray enfrenta normalmente questões antagónicas por parte do painel de congressistas liderado pelos republicanos – um reflexo do descontentamento persistente relativamente à investigação do FBI sobre potenciais laços entre a Rússia e a campanha republicana de 2016.
O FBI disse que está a investigar o atentado – que matou um participante no comício e feriu gravemente outros dois – como um ato de terrorismo doméstico e uma tentativa de assassínio.
ZAP // Lusa
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