Duas pessoas morreram. Candidato foi retirado do palco pelos serviços secretos a sangrar da orelha direita e tem “muita sorte em estar vivo”. Atirador, republicano, foi abatido e foi aberta investigação por tentativa de homicídio.
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, esteve a poucos centímetros da morte este sábado, após ter sido baleado na orelha direita em tiroteio num comício na Pensilvânia, EUA que, confirmou o FBI, foi mesmo uma tentativa de assassinato do candidato republicano.
A campanha de Donald Trump e os serviços secretos garantiram que Trump “está bem” e a ser examinado num centro médico local”, disse o porta-voz, Steven Cheung, que descreveu o ato como “hediondo”. Horas depois, o candidato disse ter sido atingido.
“Fui atingido por uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita”, escreveu o candidato republicano numa publicação no Truth Social.
“Soube imediatamente que algo estava errado (…) ouvi um zumbido, tiros e senti imediatamente a bala a rasgar a pele“, confessou, garantindo que a identidade do atirador não é ainda conhecida.
Duas pessoas morreram, incluindo o alegado atirador, que estaria no telhado de um edifício fora do perímetro de segurança do comício, segundo o procurador distrital do condado de Butler, Pensilvânia, citado pelo The Washington Post. Haverão também, segundo a NBC, dois feridos graves.
Com sangue a escorrer da orelha direita, Trump foi retirado rapidamente do palco depois de se terem ouvido tiros no recinto, pouco depois de o candidato presidencial republicano ter começado a discursar.
I just landed and missed an assignation attempt. Holy shit. What a bad ass reaction from Trump. The election is over. He’s the next president. The Dems should give up. They can’t beat him now. pic.twitter.com/omtbue191d
— Dave Portnoy (@stoolpresidente) July 13, 2024
Trump baixou-se rapidamente depois de ouvir uma voz dizer “baixa-te, baixa-te, baixa-te!”. Os seus guarda-costas dos serviços secretos levaram-no do palco até ao carro. O candidato foi visto a erguer o punho enquanto era aplaudido pela multidão.
Donald Trump pumps his fist while bleeding from his ear.
— FearBuck (@FearedBuck) July 13, 2024
O ex-presidente terá evitado por pouco ser alvejado na cabeça. Virou a cabeça “mesmo a tempo” para olhar para um dos gráficos que estava a ser projetado; se não o tivesse feito, conta uma testemunha no local que a bala acertaria na sua cabeça.
Donald Trump tem “muita sorte em estar vivo”, disse o candidato republicano ao Senado na Pensilvânia, Dave McCormick, que estava na primeira fila quando tudo aconteceu.
Além do alegado atirador, um participante no evento morreu baleado na nuca, conta um médico presente no local à NBC. A vítima estaria a olhar para Trump quando foi assassinada.
Inicialmente, os disparos foram confundidos com estalos de fogo-de-artifício, relata o médico, que contou sete tiros no total. Mesmo quando as pessoas se aperceberam de que eram de facto tiros, não sabiam de onde vinham — só depois perceberam que vinham de trás das bancadas.
Tentativa de homicídio. Quem é Matthew Crooks?
O FBI já identificou o atirador como um homem caucasiano de 20 anos chamado Matthew Crooks. Terá usado uma espingarda semi-automática do tipo AR-15 para conduzir o ataque. Imagens da FOX mostram um homem a ser removido do local que se calcula que seja o suspeito.
De acordo com os registos da situação eleitoral do estado, Crooks era republicano registado.
Já foi aberta uma investigação por tentativa de homicídio, avança a agência Reuters, que cita informação fornecida pelos serviços secretos, que estão a trabalhar em conjunto com o FBI e a ATF, segundo relatos do Post de duas pessoas próximas do assunto, que falaram em condição de anonimato.
Segundo o comunicado da campanha de Trump, ainda serão divulgadas mais informações sobre o caso.
Suspeito foi visto a subir ao telhado
Uma testemunha no local disse à BBC que ele e outros participantes “repararam num homem a subir ao telhado de um edifício a 50 metros de distância” com aquilo que era “claramente uma espingarda”. A polícia foi avisada e “não sabia o que se passava”, relatou.
O Presidente da Câmara de Butler disse à NBC estar chocado com o facto de alguém conseguir portar uma arma tão perto de Trump.
“As pessoas nem sequer conseguiram levar um guarda-chuva para o comício“, disse Robert Dandoy: “todos nós nos questionámos: como é que alguém conseguiu levar uma arma para aquele comício?”
Biden “grato” por Trump estar bem
Joe Biden já reagiu ao tiroteio e já tentou contactar o seu adversário.
“Temos de nos unir como uma nação para condenar” o ato, disse o presidente dos EUA, que regressou à sua residência de imediato para receber mais informações sobre o incidente.
“Fui informado sobre o tiroteio na Pensilvânia. Estou grato por saber que ele está seguro e bem“, disse Biden em declaração: “Estou a rezar por ele e pela sua família e por todos os que estavam no comício, enquanto aguardamos mais informações.”
Momentos mais tarde, reforçou a partir do departamento de polícia de Rehoboth Beach: “não há lugar para este tipo de violência na América. É doentio. É doentio. É uma das razões pelas quais temos de unir este país. Não podemos ser assim”.
A campanha de Biden suspendeu todas as atividades e comunicações externas e procura retirar toda a sua publicidade de televisão, segundo um funcionário de campanha citado pelo Post.
Figuras dos EUA mostram apoio a Trump
O ex-presidente George W. Bush também reagiu ao incidente: “A Laura e eu estamos gratos por o Presidente Trump estar a salvo após o ataque cobarde contra a sua vida e elogiamos os homens e mulheres dos Serviços Secretos pela sua resposta rápida”, escreveu no X.
O ex-líder dos EUA Bill Clinton também fez questão de agradecer aos serviços secretos.
“A violência não tem lugar na América, especialmente no nosso processo político”, escreveu no X. “A Hillary e eu estamos gratos por o Presidente Trump estar em segurança, de coração partido por todos os afetados pelo ataque no comício de hoje na Pensilvânia e gratos pela rápida ação dos Serviços Secretos dos EUA.”
A vice-presidente Kamala Harris disse estar “aliviada” pelo facto de Trump não ter sido gravemente ferido.
O antigo presidente Barack Obama também tweetou sobre o incidente.
“Embora ainda não saibamos exatamente o que aconteceu, devemos todos ficar aliviados por o ex-presidente Trump não ter sido gravemente ferido e usar este momento para nos comprometermos novamente com o civismo e o respeito na nossa política. A Michelle e eu desejamos-lhe uma rápida recuperação”, escreveu Obama.
O bilionário Elon Musk — que até então não se tinha pronunciado sobre quem apoiava na corrida à Casa Branca — recorreu à sua rede social para mostrar o seu “apoio completo” a Trump, mas não só. O fundador da Tesla pediu ainda a demissão do líder dos serviços secretos dos EUA.
“A violência política é absolutamente inaceitável. Desejo a Donald Trump, e a todos os que possam ter sido feridos, uma rápida recuperação”, escreveu o ex-candidato presidencial Bernie Sanders.
Republicanos já culpam Joe: “Biden deu a ordem”
Notícias falsas e teorias da conspiração já se vão espalhando online. Imediatamente após o incidente, as redes sociais encheram-se de publicações enganosas, que dizem, sem provas, que o tiroteio foi “encenado” ou que a arma utilizada disparou apenas projéteis metálicos de arma BB.
Ao mesmo tempo, o incidente vai sendo usado pelos republicanos para pintar um quadro de “herói” de Donald Trump e culpabilizar o adversário de Trump, Joe Biden, pelos tiros.
“A premissa central da campanha de Biden é que o Presidente Donald Trump é um fascista autoritário que tem de ser travado a todo o custo. Essa retórica levou diretamente à tentativa de assassinato do Presidente Trump”, escreveu no o senador republicano JD Vance no X.
“Joe Biden deu a ordem”, acusou o deputado republicano Mike Collins, baseando-se na gravação que o Politico obteve na segunda-feira em que se ouve alegadamente Biden a dizer que tem apenas uma tarefa: “derrotar Trump”.
“Tenho a certeza absoluta de que sou a melhor pessoa para o fazer. Por isso, não se fala mais sobre o debate, está na altura de colocar Trump num alvo”, terá dito o presidente, a referir-se à permanência da sua candidatura, que tem sido ameaçada.
Ponto de viragem na campanha?
“A ameaça de violência tornou-se central para a imagem política de Trump, o seu apelo e a sua base”, começa por escrever a historiadora Emma Shortis, no The Conversation, que considera, como muitos, que a bala que atingiu de raspão a orelha de Trump pode e provavelmente vai acabar por beneficiá-lo.
“Há algo no espírito americano que gosta de ver firmeza e coragem sob pressão e o facto de Trump ter erguido o punho vai tornar-se um novo símbolo”, disse o historiador presidencial Douglas Brinkley ao Washington Post: “ao sobreviver a uma tentativa de assassínio, torna-se um mártir, porque consegue uma onda de simpatia pública.”
Trump “está muitas vezes mais confortável — e é mais eficaz — quando faz tanto de mártir como de vítima, e os disparos de sábado lançam-no naturalmente para esse papel”, lê-se na publicação do Post.
“As consequências políticas disto serão enormes, e vão beneficiar Donald Trump, que respondeu a ser atingido a tiro da mesma maneira que Teddy Roosevelt”, declarou um antigo estratega republicano e crítico de Trump Steve Schmidt, ao jornal da capital.
Líderes de Portugal e Europa reagem
O primeiro-ministro português reagiu já este domingo à notícia chocante.
“Condeno veementemente o atentado cometido contra o ex-presidente Donald Trump, desejando-lhe pronto restabelecimento. A violência política é completamente intolerável e as democracias têm de a combater sistematicamente”, escreveu Luís Montenegro em publicação no X.
Marcelo Rebelo de Sousa também expressou a sua “mais viva condenação” pelo atentado.
“O Presidente [da República] envia condolências à família da vítima mortal e deseja rápidas melhoras a todos os afetados. O Presidente apela a que se combata a violência política com toda a firmeza e em pleno respeito pelos valores democráticos”, lê-se em nota da Presidência da República.
António Guterres “condena de forma inequívoca este ato de violência política”, afirmou, em comunicado, o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas Stéphane Dujarric.
Emmanuel Macron desejou “uma rápida recuperação” a Donald Trump, a chefe do governo italiano, Giorgia Meloni, expressou também “solidariedade” e o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez também condenou o ataque. Olaf Scholz, classificou como ignóbil a tentativa de assassinato.
Os presidentes do Conselho, da Comissão e do Parlamento Europeu, Charles Michel, Ursula von der Leyen e Roberta Metsola também já condenaram o atentado.
Já ganhou as presidenciais.
Excelente campanha de marketing! Nada melhor para derrotar o adversário que fazer de “herói” e de coitadinho!
Mais um golpe de Biden.
Mais um golpe encomendado por Biden e seus vassalos europeus onde se incluem Macron Von Ursula e outros.
Os líderes portugueses também fazem parte do grupo. A cimeira da NATO serviu para isto. Estes psicopatas julgam-se donos do mundo os actuais líderes ocidentais.
Força Trump!
Força Putin!
Biden e companhia, sabendo que não ganham, a usar todos os meios possíveis para tirar o Trump do caminho. Há muito que se ia falando sobre esta possibilidade e que era uma questão de tempo até se materializar.
A hipocrisia dos Clinton, Obama, Kamala, Bush, Biden…
Ó Mario Rivanildo seu idiota cresce , grande anormal…..
Tentaram fazer o mesmo em 2018 ao Sr.º Presidente da República Bolivariana da Venezuela Nicolás Maduro.
O Governo dos Estados Unidos da América deve de imediato chamar a Agência Central de Inteligência («CIA»), o Departamento Federal de Investigação («FBI»), os embaixadores do regime da Inglaterra e do “Estado” de “Israel”, e exigir explicações.
Trump não foi baleado por um republicano, foi baleado por alguém inscrito no partido republicano, o que talvez se compreenda por parte de alguém que queria estar presente no comício para ter uma oportunidade de fazer o atentado. Mais importante é o autor do atentado ter sido desnecessariamente morto pelos serviços secretos, talvez para evitar que viesse a revelar quem de facto estava por trás do atentado. Tal como aconteceu no assassinato de Kennedy. Na grande democracia ocidental, matar é melhor do que votar…
Mario Rivanildo: Pois não há campanha de marketing tão eficaz como levar um tiro no lado da cara.
Tu calado eras poeta.
O hhh2019, tu é que deves crescer porque não passas de um anormalzinho humanóide, que pensa ser o dono da verdade! Eu já vivi o tempo suficiente – e passei por uma guerra -, além de ser ATEU partidário e religioso!
Lamentável o comentário desse rivanildo!
A democracia acaba quando isto acontece e quando as pessoas até acham bem ou que foi uma encarnação… As pessoas podem dizer o que pensam, mas ninguém tem o direito de tirar uma vida assim… Morreu um inocente e mais duas pessoas ficaram feridas, não é teatro! Só se for à Baldwin…
Correto. Por se registrar republicano não significa ser sua intenção de votar no partido republicano. Ele havia contribuído $ para uma organização “progressista “ de esquerda.
Ele foi morto por um sharp shooter do serviço secreto, segundos após disparar 2 tiros.
Vai tratar-te Miguel que estás todo roto.
O Figueiredo faz a apologia dos ditadores como esse bandido ditador Maduro. Que estranho.
Ontem, Dia 13 de Julho. Em Fátima se comemorou a 3ª Aparição.
Ontem, em Fátima se rezou pela paz , em especial, na Europa e na Terra Santa.
Ontem, Trump podia ter perdido a vida, mas não aconteceu…
Seria bom que alguém fizesse chegar a Trump o que eu vou dizer:
Que não se esqueça de vir à Europa, a Fátima, agradecer à Nossa Senhora por ter sobrevivido.
Repito, que não se esqueça de vir, e, o mais depressa possível, a Fátima, que fica na Europa, mais precisamente em Portugal.
Adriano, serás um “bot”?