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Assange vai ser extraditado para os Estados Unidos, diz Mike Pompeo

wheelzwheeler / Flickr

Julian Assange, fundador do WikiLeaks

O Reino Unido vai extraditar para os Estados Unidos o fundador do WikiLeaks Julian Assange para ser julgado por espionagem, afirmou o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, segundo o jornal equatoriano El Universo.

“Já fizemos o pedido, será extraditado para os Estados Unidos, onde será levado à justiça”, acrescentou este domingo Pompeo.

“Não posso comentar mais, mas o meu Governo considera que é importante que este homem que representa um risco para o mundo e colocou em risco soldados americanos seja sancionado pela justiça”, salientou o secretário de Estado, que se encontrou no sábado com o Presidente do Equador, Lenin Moreno, no âmbito de uma visita ao país.

Há uma semana, o ministro de Estado britânico para a Europa e as Américas, Alan Duncan, tinha assegurado, por sua vez, numa visita ao Equador, que Julian Assange não seria extraditado para um país onde pudesse arriscar a pena de morte.

As autoridades dos Estados Unidos acusam Assange de ter infringido a Lei da Espionagem ao publicar no portal WikiLeaks uma série de documentos secretos com os nomes de pessoas que forneceram informações às forças americanas e da coligação no Iraque e no Afeganistão.

Porém, Assange invoca o estatuto de jornalista e a proteção que a Primeira Emenda da Constituição norte-americana concede à liberdade de expressão para evitar a extradição.

O processo de extradição para os Estados Unidos foi autorizado em junho pelo ministro do Interior, Sajid Javid, um requisito para poder avançar nos tribunais britânicos.

Julian Assange, de 47 anos, encontra-se atualmente detido na prisão de Belmarsh, nos arredores de Londres, a cumprir uma pena de 50 semanas de prisão por desrespeitar as condições de liberdade condicional em 2012.

O fundador do WikiLeaks esteve refugiado durante sete anos na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde seria questionado sobre alegações de abusos sexuais sobre duas mulheres.

// Lusa

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