A ex-eurodeputada Ana Gomes confirmou à Lusa ter sido esta quinta-feira ouvida, como arguida, num processo por difamação movido pelo ex-ministro Aguiar-Branco, assegurando que reiterou as dúvidas sobre a subconcessão dos estaleiros de Viana do Castelo.
A ex-eurodeputada Ana Gomes confirmou à Lusa ter sido esta quinta-feira ouvida, como arguida, num processo por difamação movido pelo ex-ministro Aguiar-Branco, assegurando que reiterou as dúvidas sobre a subconcessão dos estaleiros de Viana do Castelo.
“O dr. Aguiar-Branco, uma vez que expirou a minha imunidade parlamentar, voltou à carga, e eu lá fui com todo o gosto explicar que não só mantenho as afirmações que fiz como remeti para a fundamentação que apresentei em 2013, em menos de um mês, à Procuradoria Geral da República (PGR)”, afirmou Ana Gomes, em declarações à Lusa.
A antiga eurodeputada do PS salientou que esta sua queixa deu, na altura, origem a um processo “que continua aberto” no DCIAP (Departamento Central de Investigação e Ação Penal) sobre a subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).
“Hoje dei mais alguns elementos e, naturalmente, estou mais do que disponível para fornecer todos os elementos à PGR para o processo-mãe e também, se for preciso, para este processo em que o dr. Aguiar-Branco procura intimidar-me com a acusação de difamação”, assegurou. “Vou aguardar tranquilamente e muito divertida” pelo desenrolar do processo, acrescentou.
Ana Gomes foi ouvida na quinta-feira no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) no âmbito de um processo movido pelo ex-ministro da Defesa português, que em 2014 apresentou uma queixa por difamação na sequência de declarações da então eurodeputada sobre alegadas ligações entre o seu escritório de advogados e o grupo Martifer, que venceu o concurso público internacional para a subconcessão dos ENVC.
Em novembro de 2013, em declarações na TVI24, Ana Gomes criticou o processo de subconcessão dos estaleiros e defendeu que “é preciso verificar” eventuais “negócios” entre o escritório de advogados do ministro e o grupo Martifer.
O processo foi suspenso depois de o Parlamento Europeu recusar, em 2014, o levantamento da imunidade parlamentar à então eurodeputada, mas em julho deste ano Aguiar-Branco requereu ao Ministério Público que retomasse o inquérito, no dia em que a socialista deixou o cargo e perdeu, portanto, a imunidade parlamentar.
// Lusa
Força dra. Ana, sem receio.
Eu ajudo a pagar uma hipotética indemnização!
Zurza a corrupção que existe no país, sem dó nem piedade!
Outro caso importante que é da máxima urgência que comece a ser investigado é o referente ao Cartel do Fogo, que conta com o envolvimento de membros do Partido Social Democrata (PSD) e do Centro Democrático Social (CDS):
«…Quizá lo que Rebelo de Sousa y el país entero tiene enfrente es un caso de corrupción generalizada que consume decenas de miles de hectáreas de espacios naturales al año. Igual que ocurre en Andalucía, parte de las administraciones portuguesas han de estar contaminadas de una forma u otra. Desde el exministro Miguel Macedo, el ex secretario de Estado y exministro Luís Marques Mendes —socio de Macedo en la empresa JMF, utilizada como sociedad instrumental para pagos de sobornos, según el Ministerio Público—, el también imputado António Figueiredo, expresidente del Instituto dos Registos e Notariado, hasta probablemente funcionarios de las mesas de contratación, es obvia la colaboración estatal de una u otra forma…» – O Cartel do Fogo, por Daniel Toledo
Link: https://puntocritico.com/ausajpuntocritico/2017/10/19/el-cartel-del-fuego-por-daniel-toledo/