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Alemanha vai vacinar todos os jovens maiores de 12 anos até final de agosto

PAHO / WHO

A Alemanha pretende vacinar contra a covid-19 todos os adolescentes maiores de 12 anos até ao fim de agosto, embora dependa da “luz verde” da Agência Europeia do Medicamento (EMA) para essa faixa etária, disse na quinta-feira fonte governamental.

Segundo o ministro da Saúde alemão, Jens Sphan, o Governo e as administrações sanitárias regionais acordaram que, até ao final de agosto, poderão ser vacinados os jovens e adolescentes entre os 12 e os 18 anos, medida que conta com a autorização da EMA para a vacina da Pfizer/BioNTech para as crianças entre os 12 e 15 anos já a partir de junho, noticiou a agência Lusa.

O regulador europeu iniciou a avaliação no princípio deste mês para decidir se estende aos jovens o uso da vacina dos dois laboratórios atualmente autorizados a partir dos 16 anos. A França, os Estados Unidos (EUA) e o Canadá já receberam “luz verde” dos respetivos reguladores para a utilização da vacina para a faixa etária entre os 12 e os 15 anos.

Até agora, não foi administrada nenhuma vacina a crianças, que estavam menos expostas aos casos graves da doença e cuja vacinação não era prioridade. No entanto, representam uma grande parte da população e, como tal, necessitam de ser imunizados para conter a transmissão da doença, argumentam os especialistas.

O governo alemão já havia anunciado a meta de vacinar todos os adultos até ao final de setembro. Com a inclusão de adolescentes, o país pretende acelerar a imunização de população alemã.

A Alemanha aumentou significativamente o ritmo da sua campanha de vacinação nas últimas semanas, administrando mais de um milhão de doses em alguns dias. Cinco milhões de pessoas foram vacinadas em abril, mais do que nos três meses anteriores, sublinhou o ministro Jens Spahn.

Para manter o calendário, o Governo alemão também decidiu retirar a regra de prioridade de recebimento da vacina AstraZeneca, agora disponível para todos os públicos que a desejarem. A autoridade sanitária nacional continua a recomendá-lo, sobretudo para os maiores de 60 anos. Em relação aos grupos prioritários, ainda estão em vigor os benefícios a eles destinados.

A partir do fim de semana, as pessoas que receberam as duas injeções poderão beneficiar de um relaxamento das restrições. Exemplo disso é o facto de deixarem de estar sujeitos ao recolher obrigatório em vigor a partir das 22h00 locais, não tendo também de apresentar a confirmação de um teste negativos em todos os estabelecimentos.

Os cafés, restaurantes e equipamentos desportivos e culturais permanecem fechados na Alemanha desde o final de 2020, sem previsão de reabertura.

A Alemanha registou 21.953 novos casos e 250 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, o que representa uma queda em comparação aos 24.736 positivos e 264 óbitos ocorridos no mesmo dia da semana anterior.

A incidência acumulada em sete dias caiu no país para 129,1 novos casos por 100 mil habitantes, após registar 132,8 na quarta-feira e 154,9 de quinta-feira passada, segundo os dados do Instituto Robert Koch (RKI). O fator de reprodução semanal é de 0,83, o que significa que a cada 100 infetados contagiam uma média de 83 outras pessoas.

O número máximo de infeções foi registado em 18 de dezembro com 33.777 novas infeções num dia e o número de óbitos em 14 de janeiro, com 1.244, enquanto a incidência atingiu o seu máximo em 22 de dezembro com 197,6.

Clemens Bilan / EPA

A Alemanha acumulou 3.473.503 casos positivos do SARS-CoV-2 e 84.126 mortes pela covid-19 desde o início da pandemia. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.244.598 mortos no mundo, resultantes de mais de 155,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

França bate recorde com a vacinação de 600 mil pessoas

O ministro da Saúde francês, Olivier Véran, anunciou na quinta-feira que foram vacinadas 600 mil pessoas nesse dia, um recorde no país. “Ultrapassámos mais uma etapa hoje, com mais de 600 mil vacinas realizadas em 24 horas. Novamente, obrigado a todos aqueles que protegem diariamente os nossos cidadãos. Vamos continuar”, escreveu no Twitter.

Ao mesmo tempo que os números da vacinação aumentam, com agora quase 17,5 milhões de franceses vacinados com a primeira dose, os números da pandemia estão a diminuir. Há agora 26.985 pessoas internadas nos hospitais com covid-19 e 5.231 desses pacientes estão em estado grave, menos 171 do que na véspera.

Morreram desde quarta-feira 219 pessoas devido ao vírus, perfazendo assim 105.850 óbitos desde o início da pandemia. Foram ainda detetados 21.712 novos casos no país nas últimas 24 horas.

Japão quer alargar estado de emergência até fim de maio

A pandemia covid-19 já provocou a nível mundial 3.244.598 mortes oficialmente reportadas e mais de 155,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência AFP.

Os EUA registaram 776 mortes causadas pela covid-19 e 46.080 casos da doença nas últimas 24 horas, somando desde o início da pandemia 580.025 óbitos e 32.601.576 infeções, mantendo-se como o país com mais mortes e também com mais casos no mundo.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, estima que o país venha a registar mais de 600 mil mortos por covid-19, e o Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde da Universidade de Washington, em cujos modelos de projeção da evolução da pandemia a Casa Branca se baseia com frequência, previu cerca de 610 mil mortes até 01 de agosto.

Pelo menos 149,4 milhões de pessoas (45% da população) já receberam pelo menos uma dose da vacina, dos quais 108,9 milhões (32,8%) já concluíram o processo de vacinação, indicaram os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).

Já o Governo japonês planeia prolongar o estado de emergência até final de maio e alargá-lo além de Tóquio e da região de Osaka, para reduzir infeções e aliviar os hospitais. O primeiro-ministro, Yoshihide Suga, deverá declarar esta sexta-feira o estado de emergência nas cidades de Aichi e Fukuoka e anunciar a prorrogação do estado de emergência.

As medidas em vigor em Tóquio e nas cidades ocidentais de Osaka, Kyoto e Hyogo, em vigor desde 25 de abril, incluem a proibição de venda de bebidas alcoólicas pelos restaurantes, com multas para quem não cumprir, e pedidos não vinculativos para que lojas e cinemas encerrem temporariamente.

Mas a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, admitiu que a situação na capital não melhorou o suficiente para suspender o estado de emergência, expressando preocupação com a disseminação de variantes altamente contagiosas do coronavírus.

Osaka, Kyoto e Hyogo também decidiram pedir ao Governo central uma extensão do estado de emergência, uma vez que o número de infeções ainda não diminuiu significativamente. De acordo com os últimos dados da evolução da covid-19 no país, Tóquio, que receberá os Jogos Olímpicos em menos de três meses, registou 591 novas infeções, enquanto Hyogo registou 281 e Kyoto 130.

O país reportou 18.485 novas infeções e 284 mortes nas últimas 24 horas, tendo a incidência acumulada em sete dias a cair para 125,7 novas infeções por 100.000 habitantes. A Alemanha acumula 3.491.988 caos positivos e 84.410 mortes pela covid-19 desde o início da pandemia.

Na quinta-feira, havia 4.768 pacientes com covid-19 internados nas unidades de cuidados intensivos, e entre estes, 59% a necessitam de ventilação assistida.

“O aumento dos casos em geral e das infeções pela variante B.1.1.7. resultou no aumento dos internamentos, principalmente na faixa etária entre os 35 e os 79 anos. O aumento do número de pacientes nas unidades de cuidados intensivos parece que no momento tem sido possível travar”, indicou o Instituto Robert Koch (RKI).

Na Alemanha, 7.145.486 pessoas receberam as duas doses da vacina (8,6% da população) e 25.451.513 (30,6%), pelo menos uma dose, segundo relatório diário do RKI, que conta com “sucessos notáveis na campanha de vacinação apenas em algumas semanas”.

O México registou 166 mortos devido à covid-19 e 2.846 casos, nas últimas 24 horas, e desde o início da pandemia, o país contabiliza 218.173 óbitos e 2.358.831 contágios.

É o terceiro país do mundo com mais mortes devido à covid-19, depois dos EUA e do Brasil, e o 15.º em número de casos, de acordo com a contagem independente da Universidade norte-americana Johns Hopkins. As autoridades mexicanas admitiram que os dados reais podem ser mais elevados, com o total de óbitos causados pela doença estimado em mais de 332.500, na sequência de um relatório que analisou certidões de óbito.

Desde o início da campanha de vacinação, em 24 de dezembro, 19.951.121 doses da vacina foram já administradas no México. Até agora, 8.790.665 pessoas já receberam as duas doses necessárias para completar o processo de vacinação.

A Índia registou 3.915 mortos devido à covid-19 e 414.188 casos em 24 horas, acumulando desde o início da pandemia 234.083 óbitos e 21,4 milhões de contagiados.

Com 1,3 mil milhões de habitantes, o país atravessa uma segunda onda da doença, que sobrecarregou o sistema de saúde, com escassez de oxigénio e de camas. Mais de 40 países começaram a enviar ajuda para combater a pandemia, incluindo ventiladores e equipamento médico, geradores de oxigénio, cilindros, concentradores e reguladores.

O país administrou 164 milhões de doses de vacinas, desde do início da campanha de vacinação em janeiro passado, indicaram as autoridades.

A China detetou 13 casos de covid-19, nas últimas 24 horas, todos oriundos do estrangeiro, sendo os casos diagnosticados em viajantes provenientes do estrangeiro na cidade de Xangai (leste) e nas províncias de Fujian (sudeste), Guangdong (sudeste) e Shaanxi (centro).

A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos ativos é de 308, incluindo três em estado grave. Desde o início da pandemia da covid-19, o país registou 90.739 casos da doença e 4.636 mortos.

// Lusa

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