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Afinal, os kebabs não vão acabar

A Comissão Europeia garante que o kebab não está em risco e que a proposta que vai ser debatida este mês no Parlamento Europeu será precisamente para assegurar a segurança alimentar desta iguaria turca.

Em declarações ao Jornal Económico, fonte oficial da Comissão Europeia (CE) garantiu que o kebab não está em risco e que o objetivo é garantir a segurança alimentar, tendo sido proposta a extensão da possibilidade de usar fosfatos, aditivo alimentar necessário à conservação desta carne.

“O aditivo permite uma congelação homogénea que impede o risco de tratamento térmico desequilibrado, garantindo, assim, que as tiras de carne assada servidas aos consumidores são seguras”, explica a mesma fonte ao jornal.

O esclarecimento surge depois do pânico causado pelas notícias dos últimos dias, que davam conta que esta iguaria originária da Turquia poderia ser banida por causa da resolução da comissão de Saúde, que será debatida este mês no Parlamento Europeu, que chumba a utilização de fosfatos, ácido fosfórico e polifosfatos na conservação da carne.

O chumbo veio ao encontro da proposta da Comissão Europeia para expandir o regime de exceção para permitir o uso deste aditivo nos famosos espetos verticais e sobre os quais até agora não havia ainda regulação, conta o jornal.

A comissão de Saúde argumenta a proibição com estudos que relacionam a utilização deste tipo de aditivos com o aumento dos riscos de problemas cardiovasculares.

A CE argumenta que as autorizações ao abrigo do regime de exceção “têm em conta o limite máximo diário recomendado para a ingestão de fosfatos” e, de acordo com a mesma fonte, o projeto já recebeu um forte apoio pelos Estados-membros no Comité permanente onde, em setembro passado, 24 Estados-membros votaram a favor.

Se a proposta da Comissão Europeia for rejeitada, a carne de kebab terá de continuar a ser comercializada sem os tais aditivos, como acontecia até agora, ou seja, fica basicamente tudo como está e o petisco “continua em segurança”.

O kebab popularizou-se, na década de 70, como comida de rua, em Berlim. Hoje, há mais de 200 mil pessoas a trabalhar em restaurantes de kebabs em toda a Europa.

ZAP //

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