ANA dá nega a dois novos aeroportos. Alcochete só avança com o Montijo esgotado

4

Aero Icarus / Flickr

Aeronave Airbus A321-211 da TAP Air Portugal

A solução acordada com a ANA é que um novo aeroporto em Alcochete só avançaria quando o Montijo estivesse esgotado.

A solução aeroportuária proposta por Pedro Nuno Santos envolvia avançar já em 2023 com as obras do Montijo e ter Alcochete pronto por volta de 2035, substituindo o aeroporto da Portela. A proposta foi discutida com a ANA, a concessionária dos aeroportos portugueses, mas sem datas de conclusão acertadas.

De acordo com o Expresso, a ANA mostrou-se disponível para avançar com obras de melhoria no Aeroporto Humberto Delgado e o mais rapidamente possível com as obras no Montijo.

O que estaria acordado com a ANA, escreve o semanário, era que Alcochete avançaria quando o Montijo estivesse esgotado. Mais uma vez, sem datas concretas em cima da mesa.

Tudo vai depender da procura do mercado. “As empresas não são a Santa Casa da Misericórdia”, disse fonte próxima da ANA, sugerindo que a concessionária não vai avançar com dois aeroportos a menos que se justifique.

O investimento na expansão do aeroporto da Portela deverá rondar um valor entre 200 e 300 milhões de euros

Se a questão da localização do novo aeroporto em Lisboa já era polémica, só piorou quando Pedro Nuno Santos anunciou que o Governo ia avançar com a estrutura aeroportuária no Montijo, garantindo que seria também construído um novo aeroporto em Alcochete.

No entanto, após o anúncio e as declarações do ministro das Infraestruturas de que Luís Montenegro se tinha excluído das negociações, António Costa voltou atrás na decisão e desautorizou publicamente o governante.

Costa reafirmou que “a solução tem de ser negociada e consensualizada com a oposição” e voltou a chamar Montenegro para o debate, dado um destaque particular, ao “principal partido da oposição” e à importância dos avisos prévios “ao senhor Presidente da República”.

Uma fonte do Governo afirmou que Costa não sabia do despacho emitido pela Secretaria de Estado do Ministério de Pedro Nuno Santos.

Entretanto, Pedro Nuno Santos assumiu os “erros de comunicação” com o Governo e com o primeiro-ministro em particular nas decisões que envolveram o futuro aeroporto de Lisboa. Contudo, o ministro garantiu que “obviamente” se mantém em funções, depois da especulação à volta da sua saída do Governo.

ZAP //

4 Comments

  1. Se calhar alguem tem de lembrar a esta gente que:
    1 – Montijo só pode ser uma solução para poucas décadas (devido à subida do nível do mar e à sua posição);
    2 – já existe um aeroporto enorme em Beja, ao abandono;
    3 – o campo de tiro de Alcochete não é em Alcochete mas em Benavente (não se percebe porque ninguém fala com esta autarquia mas falam com o sr. presidente da Câmara de Alcochete…).
    4 – é preciso reduzir as emissões da carbono, o que é contraditório com o aumento de viagens de avião.

    • Lisboa – Beja = 180 Km

      Não faz qualquer sentido.
      Qual é a cidade do mundo que tem o “seu” aeroporto a 180 Km de distância????

      Só os tugas é que são espertos….

  2. Que ridículo……ainda apostarem na opção Montijo. Vai ser um gasto de dinheiro, meios, tempo, destruição de espaço, destruição de natureza, poluição….deviam apostar logo num aeroporto para muito tempo e com possibilidades de aumentos do aeroporto a longo prazo. Ou então usar o de Beja e melhorar os acesso a a Lisboa ou então aumentar o da portela, antes de construir um bem maior .para servir Lisboa.

  3. Para que serviu o aeroporto de Beja. Este aeroporto é muito pouco falado pelos políticos.
    Fez-se esse aeroporto e não houve interrogações , nem confusões, nem polémicas.
    Aliás antes do 25 de Abril muitos aeroportos foram feitos pelo Gov Português.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.