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Há acordo no Eurogrupo: 500 mil milhões de euros “disponíveis imediatamente”

Stephanie Lecocq / EPA

O presidente do Eurogrupo, Mario Centeno

Os ministros das Finanças da Zona Euro chegaram a acordo, esta quinta-feira, sobre os apoios económicos para fazer face à pandemia de covid-19.

O Eurogrupo chegou a acordo sobre o pacote de ajuda económica para a crise do novo coronavírus. “A reunião terminou com os ministros a aplaudir”, anunciou o porta-voz de Mário Centeno no Twitter.

Na mesma rede social, o ministro francês, Bruno Le Maire, adiantou que foi atingido, na reunião desta quinta-feira, “um excelente acordo” que garante “500 mil milhões de euros disponíveis imediatamente” e que prevê “um fundo de relançamento” no futuro. Paolo Gentiloini, comissário europeu da Economia, também anunciou um acordo em torno de “um pacote de dimensões sem precedentes”.

Mário Centeno começou a conferência de imprensa desta noite afirmando que os ministros das Finanças da Zona Euro chegaram a um acordo que tem contornos que seriam “impensáveis” há poucas semanas.

Em relação às medidas para o emprego, detalha o Observador, o presidente do Eurogrupo confirmou a criação da plataforma SURE que vai “complementar as redes de segurança” existentes em cada país. Segundo Centeno, serão 100 mil milhões para fortalecer as medidas que já existem.

O governante confirmou também um “escudo pan-europeu” proporcionado pelo Banco Europeu de Investimento que vai garantir 200 mil milhões de euros para empresas europeias, sobretudo pequenas e médias empresas (PMEs).

Através do Mecanismo Europeu de Estabilidade, será assegurada a “rede de segurança para os estados-membros”, que equivale a 2% do PIB de cada país, o que no total representa 240 mil milhões.

O país que precisar de recorrer “ficará sujeito aos mecanismos de vigilância” da União Europeia e “o único compromisso é que estes fundos têm de ser diretamente usados para cuidados de saúde e cuidados relacionados com a pandemia”, adiantou Mário Centeno.

Dando a garantia de que as diferenças foram superadas, Mário Centeno concluiu com uma garantia: “Vamos esforçar-nos para que estas medidas estejam operacionais nas próximas duas semanas”.

Esta tarde, o presidente do Eurogrupo publicou uma mensagem vídeo no Twitter, na qual advertiu que, neste encontro, “há muito em jogo”. “Exorto todos os ministros das Finanças a chegarem a acordo sobre um plano ousado e ambicioso para proteger as nossas economias em resposta a esta ameaça comum”, disse.

Centeno sublinhou ainda que o objetivo passa pela adoção de um pacote sem precedentes que constituísse uma “rede de segurança” para proteger os trabalhadores, as empresas e as finanças das nações.

A decisão desta quinta-feira foi tomada depois de vários adiamentos, o último deles na quarta-feira, dia em que a reunião foi suspensa ao início da manhã, depois de 16 horas de discussão. A reunião foi retomada hoje, às 20h30 de Lisboa.

Agora, segue-se uma reunião do Conselho Europeu, que poderá acontecer já no início da próxima semana. Passada a fase mais técnica do acordo, os líderes políticos – onde se inclui o primeiro-ministro António Costa – irão discutir, nos próximos dias, a ratificação oficial.

LM, ZAP //

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