Academia adia Óscar para premiar “melhor filme popular”

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood decidiu atrasar a implementação da nova categoria para o melhor filme popular do ano.

Afinal, o Óscar de Melhor Filme Popular não vai ser apresentado em 2019. O prémio tinha sido introduzido a 8 de agosto, para aumentar a diversidade de filmes galardoados, mas tal decisão resultou numa onda de críticas por parte de membros da organização, jornalistas e, até, fãs.

Pode ler-se no comunicado oficial da Academia: “Enquanto se mantém empenhada em celebrar o vasto espectro de filmes, a Academia anunciou hoje que não vai apresentar a nova categoria dos Oscars nos próximos 91.º prémios“.

A Assembleia de Governadores da Academia continua a discutir o assunto, e vai examinar e procurar informações adicionais sobre a categoria. No entanto, foi ainda comunicado que “a Academia reconheceu que implementar qualquer novo prémio nove meses depois do começo do ano cria desafios aos filmes que já foram lançados“.

“Tem havido uma ampla variedade de reações à introdução de um novo prémio“, assumiu o diretor executivo da Academia, Dawn Hudson, “e nós reconhecemos a necessidade de nova discussão com os nossos membros“.

Prova disso é a controvérsia surgida depois de a Academia ter clamado que os melhores filmes populares também poderiam vencer o Óscar mais apetecido – o de melhor filme.

Inúmeros jornalistas de cinema criticaram, então, a organização por ter tomado esta decisão no mesmo ano em que Black Panther, um filme tido como comercial e portanto popular, atira também as suas balas à categoria mais prestigiada.

As outras mudanças para os Oscars 2019, relativas ao encurtamento da duração da transmissão televisiva da cerimónia e à apresentação de seis a oito das 24 categorias durante os intervalos, vão ser mantidas.

A 91.ª cerimónia dos Oscars ocorre a 24 de fevereiro, no entanto, a edição de 2020 será antecipada para o dia 9 de fevereiro.

O Conselho de Governadores justifica as alterações com a necessidade de corresponder às sugestões apresentadas pelos membros, no sentido de “manter a relevância dos Óscares e da academia num mundo em mudança”.

A cerimónia deste ano, que distinguiu com o Óscar de melhor filme “A forma da água”, de Guillermo del Toro, foi a menos vista de sempre.

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