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As férias longe da cidade são mesmo um luxo

Will Scott

Tranquilidade, sossego, silêncio, paz… longe do barulho dos grandes centros. Parece simples, mas paga-se caro. A fuga dos grandes centros e a procura por refúgios e contacto com a natureza têm figurado, cada vez mais, entre as preferências do turismo de luxo.

As férias no “sossego”, longe dos grandes centros urbanos, tornaram-se literalmente um luxo.

Se, por um lado, o Algarve, Lisboa e Porto continuam a ser escolhas populares para férias em Portugal; por outro lado, o segmento do turismo de luxo há cada vez mais quem procure destinos menos óbvios, que proporcionem experiências autênticas, tranquilas e fora das rotas tradicionais.

É precisamente esta tendência que tem vindo a ser confirmada pela Timeless, empresa de turismo de luxo.

“O perfil do viajante de luxo está a mudar: valoriza-se o tempo, o silêncio e a autenticidade — e isso reflete-se na escolha dos destinos”, afirma Nuno Costa, CEO da Timeless, num comunicado enviado ao ZAP.

“Regiões como o Gerês, Tróia, Comporta, Melides e Évora têm sido cada vez mais requisitadas, precisamente por oferecerem tranquilidade, exclusividade e experiências autênticas fora das multidões”, acrescenta.

A reforçar as apostas desta nova forma de turismo de luxo, está o relatório da Euronews Travel para 2025, que aponta para uma a preferência dos viajantes por experiências com propósito, em destinos menos explorados, onde podem desacelerar.

“Portugal é um destino de desejo”

De acordo com dados partilhados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o verão de 2024 voltou a registar números impressionantes no setor do turismo. Só em agosto do ano passado, o Algarve somou mais de 3,2 milhões de dormidas, seguido de Lisboa, com 2 milhões, e da região Norte com 1,8 milhões.

As expectativas para 2025 são igualmente otimistas. Segundo o inquérito “Perspetivas Verão 2025” da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), prevê-se que regiões como Lisboa e o Norte alcancem taxas de ocupação superiores a 50%, enquanto o Algarve poderá atingir os 100%.

Portugal é um destino de desejo e tem se mantido assim nos últimos anos. Com o aumento do investimento no setor e a saturação de alguns mercados, temos conseguido explorar e desenvolver outras áreas do país”, refere Nuno Costa.

Somos um país que reúne o melhor da natureza, da gastronomia e da autenticidade cultural – três pilares fundamentais do turismo de luxo atual – que lideram a procura deste mercado de nicho, inclusive fora da época do verão”, acrescenta.

Miguel Esteves, ZAP //

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