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A centenária Ach Brito está de regresso a casa

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Ach Brito / Facebook

Aquiles de Brito, bisneto do fundador da Ach. Brito

A centenária empresa de sabonetes e perfumes portuguesa Ach Brito, que recentemente tinha sido adquirida por um fundo de investimentos, está de novo nas mãos da família que lhe deu origem.

A Ach. Brito voltou a ser detida integralmente  pela família que lhe deu origem e emprestou o nome, na pessoa de Aquiles de Brito, bisneto do fundador da empresa.

O anúncio foi feito esta terça-feira na página de Facebook da empresa. “De regresso a casa“, assim começa o post.

“É com muito orgulho que anunciamos que a Ach. Brito volta a ser integralmente detida pela família que lhe deu origem e emprestou o nome, na pessoa de Aquiles de Brito, bisneto do fundador da empresa”, revela a publicação.

Mal podemos esperar pelos próximos capítulos desta história centenária, que continuaremos a escrever com os mesmos valores, ambição e dedicação que nos conduziram até aqui. Com a mesma assinatura de sempre”, conclui a nota publicada pela empresa na rede social.

 

A empresa de sabonetes e artigos de perfumaria Ach. Brito foi criada em 1918, na cidade do Porto, por Achilles de Brito e o irmão Affonso de Brito.

Nos primeiros anos a empresa lançou vários produtos de sucesso, alguns dos quais continuam em comercialização até aos dias de hoje, como a marca Luxo-Banho em 1927, as marcas Patti e Lavanda ambas em 1929, a marca Triple Alfazema, em 1932, a marca Musgo em 1939, entre várias outras.

Os rótulos eram originalmente pintados à mão, o que lhes conferia um carácter ainda mais especial, distinguindo-os de forma clara no mundo da perfumaria.

Ach Brito

Com o surgimento da distribuição moderna nos anos 80, deu-se um estrangulamento do mercado e a empresa atravessou um momento particularmente difícil.

Em 1994 os bisnetos de Achilles de Brito, os irmãos Aquiles e Sónia Brito, decidem adquirir a totalidade da sociedade e iniciam uma reestruturação profunda no sentido de acompanhar as exigências do mercado. A estratégia foi redefinida, o portefólio de produtos reorganizado e as marcas reposicionadas.

A empresa viveu entretanto tempos difíceis por causa da pandemia de covid-19, que afectou decisivamente os lucros, uma vez que era “muito dependente dos mercados externos” e do turismo “que gera 80% das vendas” em Portugal.

Na época mais complicada, durante os meses de confinamentos e de impossibilidade de viajar, teve de recorrer à ajuda do Banco chinês Haitong Bank .

Em outubro, a empresa terá mesmo sido adquirida, pelo valor simbólico de 1€, pelo fundo de Capital de Risco “FCR PME Novo Banco” — fundo cuja liquidação está prevista para o próximo mês de dezembro.

Agora, a centenária empresa está de regresso a casa.

ZAP //

4 Comments

  1. Esta quase me pareceu uma boa notícia. Mas, como diz a sabedoria popular, o rabo (leia-se, a cauda) é a parte mais difícil de esfolar.
    Ora, também nesta notícia aparece no final a causa da reviravolta. E parece que se manterá a parte difícil de esfolar. O que é uma pena!…

  2. Quanto tinha percebido, esta empresa foi comprada pelos Chineses que provavelmente pediram aos gestores anteriores de aparecer de vez em quando, para não assustar os fornecedores e compradores, que é o habitual nestas situações. Entretanto tudo vai ser copiado e estará em breve nas Lojas Chinesas

  3. Esta notícia basicamente copia a notícia anterior, em que a única novidade é que “está de regresso a casa”.. O problema é a falta de detalhes! Isso é que é o interesse da notícia! Como é que “voltou para casa”? Foi oferecida por 1€ aos anteriores donos? Os anteriores donos foram contratados pelo fundo de investimento para gerir a Ach Brito? Outra coisa? Não se percebe nada a partir do noticiado..

    • Caro leitor,
      Esta notícia tem 13 parágrafos (407 palavras) com a informação que está disponível na breve nota da empresa no Facebook e informação sobre a história da empresa, que não têm nenhum conteúdo que esteja na “notícia anterior”, excepto 1 (um) parágrafo, com 28 palavras, sobre a história da empresa, com informação semelhante à que existe na “notícia anterior”.
      Tem ainda mais 1 (um) parágrafo, com 35 palavras, a remeter para a “notícia anterior” para a contextualizar no que diz respeito à sua compra.
      A “notícia anterior”, Centenária fábrica de sabonetes Ach Brito vendida por 1 euro, tem 18 parágrafos, com 515 palavras.
      Em que é que esta notícia “é uma cópia da notícia anterior”?
      Obrigado de qualquer forma pelo seu reparo.
      Quando houver mais informação disponível com os detalhes da operação, não deixaremos de fazer uma terceira notícia, se tal se justificar, tentando que não seja uma cópia de nenhuma das anteriores.

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