Portas arrombadas durante a noite e buscas sem mandado judicial são agora o pão nosso de cada dia das forças policiais francesas, enquanto a França prossegue em estado de emergência e à espera de mais atentados terroristas.
Os ataques do passado dia 13 de Novembro mantêm Paris – e a França na totalidade – em estado de alerta, até porque o receio de novos actos de terrorismo prossegue.
“Sabemos que há operações que foram preparadas e estão ainda a ser preparadas, não apenas contra a França mas contra outros países europeus também”, alerta o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, em entrevista à rádio belga RTL.
Valls evidencia que estes podem ocorrer “nos próximos dias, nas próximas semanas”, anunciando também que os serviços secretos franceses evitaram, nos últimos meses, cinco ataques terroristas.
David Cameron, o primeiro-ministro britânico, tinha dito, na segunda-feira, que as autoridades do seu país tinham impedido sete atentados.
Perante estes dados, a França prossegue em estado de emergência, um mecanismo judicial que permite buscas sem mandato, entre outras possibilidades que facilitem o trabalho da polícia.
A ideia do governo francês é que este estado de emergência dure durante, pelo menos, três meses, conforme noticia o jornal francês Le Monde.
Portas arrombadas durante a noite e armas de guerra apreendidas
Só na madrugada desta terça-feira, a polícia francesa realizou 128 rusgas, disse à rádio France Info o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.
Na segunda-feira, as autoridades francesas realizaram 23 detenções e apreenderam 31 armas, incluindo um lança-foguetes e uma espingarda automática Kalashnikov idêntica à que os terroristas usaram nos ataques de sexta-feira, em rusgas feitas em diversos pontos do país.
Durante a última noite, a aviação francesa voltou também a bombardear o principal reduto do Estado Islâmico na Síria, em Raqa.
Estas buscas policiais estendem-se à vizinha Bélgica, onde viviam alguns dos terroristas envolvidos nos ataques e onde as autoridades têm procurado um dos implicados que continua em fuga.
Entretanto, o jogo de futebol Bélgica-Espanha foi cancelado, por razões de segurança, mas o Inglaterra-França vai mesmo realizar-se, nesta terça-feira à noite, no Estádio de Wembley.
Os atentados de Paris foram reivindicados pelo grupo extremista que se auto-designa Estado Islâmico.
ZAP / Lusa
Infelizmente, em nome da paz, a privacidade torna-se um luxo. E em nome da segurança, a Europa caminha rapidamente para um fascismo escondido na palavra democracia. As pessoas desconfiam cada vez mais umas das outras, e a insanidade continua a aumentar. E poucos olham para a verdadeira causa de tudo isto, a qual não está no terrorismo, mas nas políticas que os permitiriam entrar na Europa. Hitler não podia imaginar um fascismo mais perfeito que este. E entretanto, a pergunta principal fica por esclarecer: Como é que tantas Kalashnikov entram na Europa, inclusive num TGV com direcção a Paris?
Se tiverem que investigar a casa de cada islâmico que habita em França ainda serão uns vários milhões de portas a arrombar, a idiotice destas democracias europeias plenas de liberdade e faltas de respeito e responsabilidade ainda nos hão-de conduzir a ditaduras.
é estranho a França estar com esta exagerada ação militar, a sua tentativa de accionar a clausula do tratado de Lisboa para justificar este e outros motivos bélicos carece de concenço do parlamento europeu.
Todos estamos de luto, porém, cuidado nas ações que tomamos com a cabeça quente dos acontecimentos, é compreensível, mas será legal?! Do pouquíssimo que aos cidadãos fora dado a conhecer deste tratado, considero que a França não tem legitimidade para fazer o que está belicamente a fazer. E na minha humilde opinião, com este tipo de ações está a piorar a situação de todos aqueles que já não aguentam o autoproclamado estado islâmico. Que é exatamente o que os radicais pretendem do ocidente que o “darwinismo” de quem não aceita as suas condições seja imposto por terceiros… e com esta chacina… angariar mais elementos para a sua organização. reparem no sucedido no USA. Eles aprenderam com o Bush filho. Holland parece que desconhece os seculos de história deste continente chamado de velho por alguma razão. Alguém esfrie aquela cabeça,antes que nos condene a todos por algo de que somos inocentes…
Obrigado por lerem esta humilde opinião.
Boas festas
“fascismos escondido…”? Que estupidez voluntária!
Perante a barbárie e contra o terrorismo a “ingenuidade” da democracia tem forma de eliminar os ratos do estado de direito democrático – Estado de emergência já e pelo tempo que for necessário.
Não serão trios de energúmenos fanáticos alienados por elites politico-militares em processo de vingança por lhes terem cortado os privilégios de décadas a coberto do partido Bas do Sadam, que hão de vergar as democracias Europeias. O estado de emergência, antes da guerra, protege a democracia…