Mário Centeno, responsável pelo programa eleitoral do Partido Socialista, defende que as privatizações serão analisadas e revertidas apenas nos casos em que a decisão não prejudique o Estado.
Em entrevista à RTP3, esta quarta-feira à noite, o responsável pelo programa económico socialista defende que governo do PS só anulará os concursos de concessão a privados das empresas públicas – como as dos transportes de Lisboa e Porto, previstas nos acordos assinados com o BE e a CDU – se isso não implicar graves custos para o Estado.
“Esse princípio político da reversão [das privatizações] será sempre sujeito a uma avaliação quanto aos danos patrimoniais e orçamentais que poderá ter para o Estado”, afirmou o economista, considerando contudo que tal não constitui um ponto de conflito com o PCP, com quem isso já está assumido.
No que toca ao caso da TAP, cuja venda foi aprovada esta manhã em Conselho de Ministros, Mário Centeno garante que “ninguém em Portugal sabe exatamente como o processo chegou a este ponto”. O socialista referiu que “a informação que existe é muito escassa”, sem no entanto fazer uma análise mais aprofundada sobre o que o PS deveria fazer em relação a esta pasta se vier a formar governo.
A reversão do processo de privatização da TAP ficou de fora dos acordos com o Bloco de Esquerda, PCP e Os Verdes, mas está no programa de um futuro governo PS, aprovado na comissão nacional deste sábado.
No entanto, o jornal i aponta que um futuro governo PS não está disposto a acionar os mecanismos para reverter o processo e a pagar os custos implicados em indenizações aos novos donos da TAP.
Por fim, Mário Centeno garante que há condições para virar a página da austeridade, respeitando os compromissos assumidos com Bruxelas. Esta semana, em entrevista ao Financial Times, Mário Centeno tinha já afirmado que “ninguém de bom senso pode pensar em não pagar as dívidas que contraiu”.
ZAP
Como é que alguém aceita pagar biliões roubados?
Povo ignorante!
Necessito ser esclarecido, promete-se a não privatização da tap, englobado no programa de governo e afinal pelos vistos, já se sabe que poderá não ser cumprido, Portugueses acordem, antes de entrarem no verdadeiro pesadelo, porque depois poderá ser tarde de mais
Um governo em gestão, não pode vender a TAP,…..
Este é mais um crime contra Portugal e contra os portugueses.
Este governo terá sempre de assumir todas as responsabilidades, dai decorrentes, para alem do confronto com a constituição da Republica Portuguesa.
Afinal este governo de assalto que se avizinha ainda nem sequer tomou posse e já começa a fazer marcha atrás nalguns pontos, imagine-se quando lá estiverem e tiverem que tomar decisões a sério, os partiditos de apoio certamente muitos sapos vão ter que engolir, restará saber mais tarde se os votantes quer de um quer de outros estarão dispostos para manter uma vez mais o seu apoio com um voto na fraude e apenas por razões ideológicas.
Resta saber se alguma vez esteve no programa do PS e no seu acordo com a restante Esquerda, que a privatização da TAP ía ser revertida… Ou se foi boato da comunicação social só porque ouviram alguém do PS dizer que isso talvez pudesse acontecer.
Das duas uma, se o PS afirmou oficialmente que faria isto DE CERTEZA e depois recuou, então começam a meter nojo ainda nem lá sentaram a bunda. E o Presidente da República que esteja atento a isto! Se não foi uma declaração oficial do PS, então batatas… Ninguém mandou espalhar boatos.
A questão aqui mais premenete é perceber o que realmente se passou. Será que o governo anterior ao iniciar negociações, aceitou cláusulas de indeminização choruda no caso de voltar atrás?.. Se assim foi, não poderemos condenar o eventual novo executivo por ficar de mãos atadas quanto às boas intenções de anular a privatização. Se pelo contrário, sempre souberam dessas cláusulas e mesmo assim prometeram anular a privatização… Então são uns bardamerdas.
O mesmo se aplica às restantes privatizações.
Digo uma coisa pelo menos: Valha-nos o facto do BE ter obrigado o PS a acordar nunca privatizar as águas. Não há maior crime do que privatizar recursos naturais e energéticos num país… E olhem que eu nunca na vida votei em partidos de Esquerda.