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FMI não vai permitir que Grécia falhe pagamentos

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International Monetary Fund / Flickr

Christine Lagarde, diretora-geral do FMI

Christine Lagarde, diretora-geral do FMI

A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, avisou hoje que não vai permitir que a Grécia falhe o pagamento de uma prestação do empréstimo, fechando assim a porta a uma eventual margem de manobra para o Governo grego.

“Nunca tivemos uma economia desenvolvida a pedir uma coisa desse tipo, uma falha do pagamento” das prestações do empréstimo, afirmou Christine Lagarde numa entrevista divulgada hoje pela agência financeira Bloomberg. “Espero que esse não seja o caso da Grécia. Não teria o meu apoio”, sublinhou.

No início de maio, Atenas disse aos credores que poderia ficar sem dinheiro e falhar o reembolso de parte do empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo fontes ligadas ao processo citadas pela Bloomberg.

Segundo a agência, a Grécia tem de pagar cerca de 800 milhões de euros em junho e se falhar o pagamento entra num clube de países que inclui o Zimbabué, a Somália e o Sudão, países que falharam pagamentos ao Fundo.

Nos últimos 30 anos, o FMI não permitiu a país nenhum que atrasasse o pagamento de dívida, disse Lagarde.

Ao mesmo tempo, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande deram um até ao final de maio para que a Grécia chegue a um entendimento no seu programa de ajuda financeira, apelando a que as conversações acelerem.

Merkel e Hollande, falando lado a lado depois de um encontro em Berlim, mostraram-se disponíveis para se encontrarem com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, esta semana, à margem da cimeira de Riga, escreve a Bloomberg.

Já o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou hoje que há progressos nas conversações entre a Grécia e as instituições credoras sobre o financiamento ao país, mas disse que continua “prudente”.

Atenas e as instituições credoras do país (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) estão há vários meses em negociações sobre as reformas que o país deverá aplicar para que seja desbloqueada uma tranche de 7.200 milhões de euros do empréstimo concedido ao país em 2012, no âmbito do segundo programa de resgate.

Este financiamento é considerado vital para a Grécia cumprir as suas obrigações financeiras, mas o Governo grego, liderado pelo Syriza (esquerda radical), tem manifestado reservas em relação a algumas reformas pretendidas pelos credores que contrariam as suas promessas eleitorais.

/Lusa

2 Comments

  1. O cerco está a apertar é tempo dos gregos perceberam na merda em que se meteram quando votaram na esquerdalha da treta!

  2. É tempo dos cidadãos se aperceberem em que os governantes arranjistas dos países da Europa do sul os meteram ao englobar os seus países nesta porcaria da UE sem consultar os respetivos cidadãos. No caso de Portugal o Mário Soares e Cabaco Silva que metesse o nariz na vida dele e não como mania de falarem e atuarem em nome de todos os portugueses.
    Os países ricos precisam de ESCRAVOS para os manterem na tona da água.

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