Tiago Petinga / Lusa

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro (E), ladeado pelo ex-Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva (D).
O antigo Presidente da República Cavaco Silva lembra que, em 1980, os ataques ao então primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro produziram “efeitos contrários” aos desejados pela oposição, comparando a situação com a que Luís Montenegro enfrenta na actualidade.
Na apresentação de um livro que reúne textos do fundador do PSD, Francisco Sá Carneiro, no ano da sua morte (1980), Cavaco Silva recordou a forma como o antigo primeiro-ministro alcançou a primeira maioria absoluta da AD em 1979 e a reforçou meses mais tarde.
O ex-Presidente da República lembrou a “campanha de calúnias” que diz que PS e PCP fizeram contra Sá Carneiro.
“Os ataques à pessoa do primeiro-ministro por parte do PS e do Partido Comunista tiveram, afinal, efeitos contrários àquilo que eles esperavam”, sublinhou.
“Apesar das campanhas movidas pela oposição contra o primeiro-ministro Sá Carneiro, a Aliança Democrática voltou a ganhar as eleições em 5 de Outubro de 1980, reforçando mesmo a sua maioria”, referiu.
O antigo chefe de Estado considerou ainda que “Sá Carneiro é a prova de que, em Portugal, a escolha da pessoa do primeiro-ministro é decisiva para o sucesso do Governo e para a resolução dos problemas de Portugal”.
Na sua intervenção, Cavaco Silva nunca referiu a situação de pré-campanha eleitoral, nem a do primeiro-ministro Luís Montenegro.
Montenegro “convencido” de que vai ter “maioria maior”
Luís Montenegro acompanhou Cavaco Silva à saída após a apresentação do livro e confessou estar convencido de que a AD vai ter “uma maioria maior” nas eleições de 18 de Maio.
Afirmando-se descendente da cultura política de Sá Carneiro e de Cavaco Silva, Montenegro recordou também a maioria absoluta que o fundador do partido conseguiu reforçar em 1980.
O primeiro-ministro lembrou ainda a maioria relativa que Cavaco Silva conseguiu transformar em maioria absoluta em 1987.
“Estou convencido de que esta maioria também vai ser uma maioria maior porque vai preencher as capacidade de que precisamos para juntar à estabilidade financeira que temos à estabilidade económica e social”, afirmou.
Montenegro discursou logo após Cavaco Silva, autor do prefácio do 7.º e último volume do livro sobre Sá Carneiro, intitulado precisamente “Uma maioria maior – 1980“.
ZAP // Lusa
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