António Pedro Santos / LUSA

O primeiro-ministro Luís Montenegro e a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco
Margarida Blasco e Dalila Rodrigues não deverão regressar para as pastas da Admnistração Interna e da Cultura, respetivamente. Já a ministra da Saúde deverá continuar.
Com eleições à porta, Montenegro já está a alinhar quem continuará e quem estará de saída de um eventual segundo governo.
Apesar do silêncio estratégico do líder social-democrata sobre a constituição do próximo Executivo, fontes próximas ouvidas pelo Observador garantem que Margarida Blasco não deverá continuar à frente do Ministério da Admnistração Interna. A decisão terá por base a indisponibilidade de Blasco devido a motivos pessoais e familiares, sendo que a ministra já tinha hesitado em aceitar o convite de Montenegro para o atual Governo.
A exclusão da ministra da campanha eleitoral parece reforçar a ideia da sua saída. Internamente, sempre existiram dúvidas sobre a sua capacidade comunicacional, especialmente numa pasta tão exposta como a da Administração Interna. Episódios controversos como a referência à “fruta podre” na PSP, as declarações sobre serviço militar para jovens delinquentes ou o desaparecimento em momentos críticos, como os incêndios de setembro de 2024, também marcaram negativamente o seu mandato.
Dalila Rodrigues, ministra da Cultura, também não deverá voltar. As fontes do Observador descrevem o seu comportamento como “irascível, inconstante e imprevisível” e os anti-corpos que gerou com sucessivas exonerações e conflitos com agentes culturais estarão por trás da sua saída. A sua recente entrevista ao JN, na qual expressou abertamente o desejo de continuar no cargo e teceu elogios ao seu próprio trabalho, também terá sido mal recebida no círculo próximo de Luís Montenegro.
Em contraste, Ana Paula Martins, ministra da Saúde, parece ter maiores hipóteses de se manter no Governo. Apesar de constar da lista de remodeláveis e de ter acumulado sucessivas polémicas, desde a sua resposta à greve no INEM ou as suas escolhas para gestores de hospitais sem experiência prévia, tem recebido o apoio constante de Montenegro, inclusive com elogios em fóruns internos do PSD e o convite para liderar a lista em Vila Real.
É pôr o cheio de nódoas Pedro Nuno Santos como ministro das infraestruturas.
Acho bem que mantenha a ministra da saúde para lhe dar tempo a que continue a sua principal missão: a de enterrar o serviço nacional de saúde!!! Já não faltará muito!