Cavaco Silva, o professor: 5 lições ao primeiro-ministro

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Tiago Petinga / Lusa

O ex-Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva

Cavaco Silva deixa uma espécie de manual no seu novo livro. O quinto capítulo foca-se na avaliação dos ministros.

O Primeiro-Ministro e a Arte de Governar – este é o título do livro de Aníbal Cavaco Silva que vai ser lançado na próxima sexta-feira, dia 15 de Setembro.

Será apresentado por Durão Barroso e tem 10 capítulos. Um deles, o quinto, é focado na avaliação dos ministros.

O jornal Público partilha nesta terça-feira a pré-publicação desse capítulo, assinado pelo próprio Cavaco Silva, onde o antigo professor universitário deixa lições a qualquer primeiro-ministro sobre a avaliação dos seus ministros.

A primeira lição, uma das tarefas “mais complexas e delicadas” de um primeiro-Ministro, é exactamente avaliar o trabalho de cada um dos ministros. Nenhum “primeiro-ministro responsável” pode falhar nesta tarefa, se quiser um Governo eficaz – e se quiser perceber que ministros devem ser substituídos.

Ainda neste tema, o antigo primeiro-ministro e presidente da República conaisera que um líder do Governo tem de estar particularmente atento a três questões: “O ministro cumpriu o programa do Governo? Realizou os objectivos definidos para o ministério? Respeitou o princípio da solidariedade governamental?”. Se o “sim” responde a tudo, deve continuar.

A segunda lição é não dar demasiada importância às sondagens. Não é aí que se deve avaliar um ministro. Até porque um ministro poderá ter de seguir medidas impopulares, sinónimo de protestos da população mas também de um futuro melhor para o país.

Segue-se outra lição, esta focada na oposição: “o primeiro-ministro não deve ter como critério de avaliação as críticas infundadas da oposição”. Se houver um ataque “intenso e persistente” por parte da oposição, o primeiro-ministro deve tratar do assunto numa reunião privada para debater o que interessa: o cumprimento do programa do Governo.

A quarta lição de Cavaco Silva também refere reuniões privadas: sempre que um líder de um Governo tiver críticas a fazer a um ministro, esses momentos devem ser sempre “a dois e em privado”. Um ministro é mais competente e eficaz se sentir que que o primeiro-ministro é justo, que o respeita e que há confiança entre ambos – sem confiança, deve haver demissão.

A demissão é o foco da quinta lição deste capítulo: as “situações extremas” que devem originar a demissão de um ministro. Quais situações extremas? “Falta de lealdade, comportamentos que revelem falta de sentido de Estado, linguagem insultuosa e indícios de corrupção, prevaricação ou de outras violações da ética política”.

Caso um ministro apresente uma destas falhas e, mesmo assim, o primeiro-ministro não aceite a sua demissão… “A credibilidade e a autoridade política e moral do primeiro-ministro ficam duramente feridas e a coesão do Governo e a qualidade da sua ação serão postas em causa”.

ZAP //

18 Comments

  1. Quando sentem que já não fazem falta já nem ao espelho se olham.
    Se tivesse a honestidade de olhar ao seu passado nem do seu buraquinho no algarve saia.
    sr .gagá vá dar lições e dar conferências aos seus camaradas do cavaquismo .
    Dê conferencias a pedir desculpa aos lesados do BES.
    E já agora diga se a sua pensão pequenina, (como disse quando era presidente),já está melhor com os aumentos que tem tido nestes 8 anos.
    Tenha vergonha, como eu senti vergonha de o ter como presidente.

  2. Este Sr devia mesmo ter vergonha
    Não é só o BES e o BPN? E a casa da Coelha? E os subsidios recebidos da UE e foram distribuidos para a compra de automoveis de luxo?
    Deu cabo das pescas da agricultura enfim ….

  3. A Mumia saiu do Sarcofago, este Gajo foi o Pior Presidente e primeiro Ministro que tivemos além de falcatruas e compras e vendas nada duvidosas para dar aos filhos .Roubou os Portugueses e sugou-nos o Sangue e quer dar Lições.

  4. Uma lição que Cavaco Silva não aprendeu foi a escolher os amigos. Entre banqueiros acusados pela Justiça até um assassino em julgamento como Duarte Lima foram os grandes amigos de Cavaco.

  5. A múmia que roubou e deixou roubar nos seus governos, deveria estar no seu buraquinho, e nem aparecer.
    Mas alguém que queira ser mais sério que ele, tem de nascer três vezes……. E o tal que deu aos Portugueses magníficas referências do BES? E como fez aquela oferta do Pavilhão Atlântico ao Genro,? E como foi aquela transação de Acçôes que pediu ao Oliveira e Costa para fazer……… Sim, não tenhamos dúvidas, muito sério este Intrujão.

  6. «…O sistema político da Constituição de 1976 está gasto, transformou a Democracia, Esperança do 25 de Abril, num “ancien régime”.
    Transformou-A numa partidocracia subordinada a várias oligarquias, onde impera o poder do dinheiro e não o Primado da Pessoa Humana, nem a soberania do Povo.
    O Estado Social vem sendo descaradamente destruído e agravam-se as desigualdades sociais.
    Os menos esclarecidos julgam que os centros de decisão mais importantes ainda estão nos Partidos, e não, como agora, nas sociedades secretas cujos interesses financeiros, protegidos por uma desregulação selvagem, dominam o Estado.
    Portugal, por culpa da passividade e da incompetência, foi transformado num protectorado de uma Europa sem coragem de se autoconstruir, afundada no Relativismo e rejeitando Princípios, Valores e Ideologias.
    Está assim comprometido o Interesse Nacional e o Bem Comum dos Portugueses.
    Também a posse das máquinas informativas pelos poderes aqui denunciados, ajuda a convencer os Portugueses de que não há outro caminho de Regeneração, de Democracia e de Desenvolvimento Integral da Pátria, a não ser o deste percurso de “apagada e vil tristeza” por onde nos forçam os “velhos do Restelo” do século XXI português.
    Os socialmente mais débeis são os mais covardemente atingidos e sofredores, porque assim o escolheram as oligarquias e as sociedades secretas.
    A crise tinha de ser enfrentada, mas não desta maneira de genocídio social…» – Alberto João Jardim in «A Tomada da Bastilha»

  7. Goste-se ou não, foi durante o período em que foi primeiro ministro que o país mais cresceu. E não venham com a teoria que foi nessa altura que entrou mais dinheiro. Atualmente, com o PRR e com os quadros comunitários de apoio, está a entrar mais dinheiro…mas estamos a crescer menos.

  8. Este individuo foi o maior pulha, ladrão, aldrabão, vigarista, sem vergonha, trapaceiro( etc, etc, etc) deste País, devia ser condenado a 1 milhão de anos de cadeia nas próximas 10 reencarnações se as tivesse…..e tem a lata de vir para aqui dar lições aos outros. Ele que tenha vergonha e se deixe estar lá no seu buraco no Algarve.

  9. A realidade é como diz o Pois. Cavaco Silva está ligado diretamente ao período de maior crescimento económico do país. E é graças a ele que a maior exportadora nacional se instalou cá. Isto são factos. O resto são apenas opiniões.

  10. Factos: São BPN-BES-Casa Coelha- Pavilhão Atlântico ao Genro-BPN filha-Deu cabo das pescas, agricultura etc e os €€€€€€ foram para os amigos para comprarem brutos carros. É só ver o que aconteceu no Norte

  11. Tretas. Facto são que o país nunca antes nem depois cresceu como nos tempos do Cavaco. E o amigo está a querer distorcer o seu comportamento com o comportamento de alguns que o roderaram. Cavaco não é Sócrates nem Costa. Cavaco está ligado ao crescimento do país como nunca mais tivemos. Essa é que é a realidade. E quanto ao livro é de uma enorme correção. Ao referir que o PM não deve pronunciar-se publicamente contra o PR nem este deve defender publicamente políticas alternativas de governação ao PM. Isto é de quem é correto e sabe ver as coisas como elas são. É de uma enorme elevação. Este homem foi um marco no crescimento do país. Quer se goste ou não.

  12. Deves viver noutro Pais que não é o meu. Eu vi este senhor na Televisão a dizer que o BES era um Banco muito sólido e que os Portugueses podiam investir Foi o que se viu Grande Economista!

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