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Auditoria ao BES reforça indícios de “gestão ruinosa em detrimento dos depositantes, investidores e demais credores”

Darren Riley / Flickr

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O terceiro bloco da auditoria que a Deloitte conduziu ao Banco Espírito Santo (BES) reitera os indícios de que terá havido uma “gestão ruinosa” no banco “em detrimento dos depositantes, investidores e demais credores”.

Estes atos de gestão ruinosa terão sido “praticados pelos membros dos órgãos sociais” do BES, indica o texto, a que a agência Lusa teve hoje acesso e que foi enviado na segunda-feira pelo Banco de Portugal à comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES).

O terceiro bloco incide sobre o passivo financeiro da ESI, e segue-se à revelação em semanas recentes dos dois primeiros momentos do texto: primeiro sobre a exposição do BES ao BES Angola (BESA) – no qual se apontava também para “gestão ruinosa” – e uma outra parte mais global na qual era dado como certo que a administração do BES liderada por Ricardo Salgado “desobedeceu ao Banco de Portugal 21 vezes, entre dezembro de 2013 e julho de 2014”, praticando “atos dolosos de gestão ruinosa”.

Ainda no capítulo da ESI, o BES possuía “informação suficiente para detetar desconformidades entre a situação reportada nas demonstrações financeiras da ESI e a sua verdadeira situação financeira e patrimonial”, mas tal não sucedeu, acrescentam.

Já o relatório final da comissão de inquérito à gestão do BES e do GES foi aprovado na quarta-feira, último dia de trabalhos, com os votos favoráveis de PSD, PS, CDS-PP, abstenção do Bloco de Esquerda e voto contra do PCP.

/Lusa

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