Relatos de chamadas não atendidas em todos os casos das oito mortes em poucos dias. Greve foi suspensa entretanto.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, admitiu nesta quinta-feira uma “situação grave” no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), de necessidade do reforço da resposta, afirmando esperar que a greve seja desmobilizada e que o atendimento seja regularizado.
Desde o final de outubro que decorre uma greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar do INEM às horas extraordinárias.
Em quatro dias, há registo de oito mortes – e todas associadas a relatos de chamadas não atendidas por parte do INEM, avisa o Correio da Manhã.
Na segunda-feira, dia da maioria das mortes, o INEM registou o número mais baixo de chamadas atendidas em mais de uma década, lembra o Observador.
Mas o primeiro-ministro pede cautela nesta análise: “Em primeiro lugar, deixe-me dizer-lhe que nós não temos a certeza que os óbitos ocorreram em função da falta de capacidade de resposta do INEM ou do atraso no atendimento de chamadas”.
“A verdade é que, neste momento, há uma situação que é uma situação grave de necessidade de reforço da capacidade de resposta do INEM”, declarou Luís Montenegro.
Em declarações aos jornalistas portugueses em Budapeste, onde decorre uma cimeira da Comunidade Política Europeia e um jantar do Conselho Europeu informal, o primeiro-ministro garantiu que o seu Executivo está “empenhado em poder, muito rapidamente, evitar com os técnicos de emergência pré-hospitalar a greve que está em curso”.
“Há mesmo uma reunião agendada para daqui a algumas horas entre a senhora ministra da Saúde [Ana Paula Martins] e o sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar e o meu desejo é que, desse ponto de vista, a situação possa ser estabilizada”, salientou.
Horas depois, ao final da tarde, a greve dos técnicos de emergência médica do INEM foi mesmo suspensa. Foi alcançado um acordo entre o sindicato e o Governo.
“Mas sabemos que não chega porque, quando iniciámos funções há sete meses, o INEM estava desprovido do dos meios humanos que são necessários para garantir a regularidade da sua operação”, adiantou Luís Montenegro.
O INEM anunciou quarta-feira medidas de contingência para otimizar o funcionamento dos centros de orientação de doentes urgentes (CODU), como a criação de uma triagem de emergência para chamadas com espera de três ou mais minutos.
As medidas do INEM enquadram-se numa estratégia para melhorar a resposta, na sequência dos atrasos de atendimento das chamadas no CODU que, alegadamente, causaram a morte de sete pessoas.
ZAP // Lusa
Caos no INEM
-
8 Novembro, 2024 8 mortos. “Não temos a certeza que foi por causa do atraso no INEM”, diz Montenegro
Será que tem a certeza que tenha havido mortos sequer?
Esta gente da “Coerencia Argumentativa” tªem a “especialidade” de com conversa “virar a realidade ao avesso”.
PT do 25/4 não tem ponta por onde se pegue, anda tudo aos trambolhoes. e ninguem acha que isto tem de parar,
Sr Primeiro Ministro, acabe com o INEM que assim as mortes, deixam de ser mesmo por culpa do INEM.
Quando estava na oposição tinha mais certezas…
Até pode ter sido “Assistido” e falecer na mesma , mas foi “Assistido” en Emergência , nestes casos nem “Assistidos” foram ! ….Chamo a isto , Eutanásia passiva !