Dieta MIND pode retardar o declínio cognitivo

Um estudo descobriu que seguir a dieta MIND está associado a um menor risco de comprometimento cognitivo.

Indivíduos que têm uma alimentação alinhada com a dieta MIND podem ter um risco reduzido de comprometimento cognitivo.

A dieta MIND é uma combinação das dietas Mediterrânea e DASH. Além de incluir vegetais de folhas verdes como espinafre, couve e outros vegetais, recomenda a ingestão de grãos integrais, azeite, aves, peixe, feijão e nozes.

Em relação a frutas, privilegia o consumo de frutas vermelhas e recomenda a ingestão de peixe uma ou mais vezes por semana.

“Com o número de pessoas com demência a aumentar à medida que a população envelhece, é essencial encontrar mudanças que possamos fazer para atrasar ou desacelerar o desenvolvimento de problemas cognitivos”, salientou o investigador Russell Sawyer, da University of Cincinnati, nos Estados Unidos.

“Estávamos especialmente interessados ​​em ver se a dieta afeta o risco de comprometimento cognitivo em participantes negros e brancos do estudo”, acrescentou, citado pelo SciTechDaily.

O estudo envolveu 14.145 pessoas com uma idade média de 64 anos. Dos participantes, 70% eram brancos e 30% negros.

Os voluntários foram acompanhados durante 10 anos, tendo preenchido um questionário sobre a sua dieta no último.

Com base nas respostas, dividiram os participantes em três grupos: o grupo baixo, que tinha menos associações com a dieta MIND, teve uma pontuação média de dieta de cinco; o grupo médio teve uma pontuação média de sete; e o grupo alto teve uma pontuação média de nove.

Durante a investigação, 532 pessoas desenvolveram comprometimento cognitivo, cerca de 12% das 4.456 pessoas que integravam o grupo com menor relação à dieta. Já no segundo grupo, o médio, 617 pessoas desenvolveram a condição, enquanto que no último grupo foram 402 os pacientes relatados.

Após ajustarem fatores como idade, pressão alta e diabetes, os cientistas descobriram que as pessoas que faziam parte do grupo alto tinham um risco 4% inferior de comprometimento cognitivo em comparação com as do grupo baixo.

Ao analisar os participantes, a equipa notou uma redução de 6% no risco de comprometimento cognitivo nas mulheres que seguiram a dieta mais rigorosamente, mas nenhuma redução no risco em participantes homens.

Além disso, descobriram que as pessoas que seguiam a dieta MIND tinham um declínio mais lento do que aquelas que não seguiam, uma associação mais forte em participantes negros do que em participantes brancos.

O artigo científico foi publicado, em setembro, na Neurology.

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