Cúmplices serão de unidades militares especiais; terão dormido neste abrigo na noite anterior à fuga.
A fuga de cinco reclusos na prisão de Vale de Judeus decorreu no sábado passado, mas a sua preparação começou muito antes.
A ministra da Justiça disse nesta terça-feira que esta foi uma “fuga orquestrada”.
“Não resultou do aproveitamento de uma distracção, não foi uma fuga oportunista. Foi um plano preparado com tempo, com método e com ajuda de terceiros”, descreveu Rita Júdice.
Pedro Proença, advogado do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, tinha deixado outros detalhes, pouco antes da conferência de imprensa da ministra.
Junto à prisão estava um abrigo com características militares, que aparentemente foi usado pelos cúmplices dos cinco prisioneiros.
“Estes indivíduos estariam já há algumas horas junto ao muro do estabelecimento prisional, escondidos nesse abrigo. Terão pernoitado aí”, disse Pedro Proença, em conversa com jornalistas.
O mesmo advogado adiantou que, ao chegarem ao muro da prisão em Alcoentre, os cúmplices tiveram uma “abordagem em marcha táctica, típica das operações especiais”.
Isto indica que os cúmplices “têm, obviamente, preparação militar especial. Provavelmente, integram unidades especiais de forças militares ou já integraram”.
Dentro do abrigo estavam latas de refrigerantes – recolhidas pela Polícia Judiciária, que procura uma “prova biológica” para identificar os cúmplices.
Quando fazem ataques terroristas na Europa os autores deixam ou deixavam sempre no local o bilhete de identidade/cartão de cidadão, neste caso de fuga do estabelecimento prisional os alegados cúmplices dos fugitivos deixaram «…latas de refrigerantes…».
Toda a gente sabe que os criminosos são totós….