Resultados preliminares da autópsia efetuada pelo Instituto Forense Abu Kabir aos corpos dos seis reféns resgatados sem vida esta semana revelaram ferimentos de bala. Mais de 100 reféns estão ainda detidos pelo Hamas.
Representantes das Forças Armadas de Israel transmitiram esta quinta-feira os resultados das autópsias às famílias de Alex Dancyg, Yagev Buchstav, Chaim Peri, Yoram Metzger, Nadav Popplewell e Avraham Munder, os últimos seis reféns resgatados sem vida pelo Exército israelita.
As autoridades israelitas sublinharam que os resultados das autópsias são ainda preliminares e que nem as Forças Armadas nem as autoridades de saúde se atrevem ainda a aventar quais terão sido as causas exatas das mortes, segundo o diário The Times of Israel.
Os corpos são os de Alex Dancyg, Chaim Peri, Yagev Buchshtab, Yoram Metzger e Nadav Popplewell, todos já anunciados como mortos pelo exército nos últimos meses, e Avraham Munder, cuja morte foi anunciada, entretanto, pelo kibutz (comunidade agrícola coletiva) Nir Oz.
Um antigo refém disse à agência de notícias France-Presse que os seis homens estavam detidos juntos num túnel, depois de terem sido raptados pelo Hamas a 7 de outubro.
Há outros quatro cadáveres
O Instituto Forense Abu Kabir está também envolvido no processo de identificação de outros quatro cadáveres, encontrados junto aos dos reféns, dentro da Faixa de Gaza, mas que não apresentam sinais de terem sido baleados. O Exército israelita indicou que poderão ser membros do movimento islamita palestiniano Hamas mortos nos ataques israelitas.
O Fórum das Famílias dos Reféns, o principal grupo em se organizaram os familiares das pessoas sequestradas pelo Hamas, apontou este relatório preliminar forense como “mais uma prova da crueldade dos terroristas que mantêm em cativeiro 109 reféns há 321 dias”.
A organização apelou ao governo liderado por Benjamin Netanyahu para concentrar os seus esforços na obtenção de um acordo que permita a libertação e o regresso a casa dos mais de 100 reféns ainda detidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.
“A cada minuto que passa sem se concluir o acordo, outro refém poderá morrer, e ao fim de dez meses e meio de guerra, durante os quais os reféns têm estado a sofrer e a morrer, todos sabemos que o regresso de todos os reféns só será possível através de um acordo”, sustentaram num comunicado.
ZAP // Lusa
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