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José Sócrates detido por mais 3 meses

José Goulão / Wikimedia

O ex-primeiro-ministro José Sócrates

O ex-primeiro-ministro José Sócrates

José Sócrates foi ouvido durante cerca de oito horas, esta segunda-feira, no processo de violação do segredo de justiça, no âmbito da Operação Marquês. O ex-primeiro-ministro já terá sido informado, ontem, de que vai continuar detido por mais três meses.

O jornal Correio da Manhã assegura que o procurador do Ministério Público responsável pelo processo da Operação Marquês, Rosário Teixeira, aproveitou a presença de José Sócrates no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa para lhe dar nota de que vai continuar em prisão preventiva.

Esta informação, contudo, ainda não é garantida. O Tribunal Central de Instrução Criminal, e particularmente o juiz Carlos Alexandre, tem que reavaliar a prisão preventiva de José Sócrates, uma vez que se completam três meses desde a sua detenção.

A Rádio TSF sublinha que ainda não há qualquer decisão oficial divulgada neste âmbito.

O Correio da Manhã garante, por outro lado, que o juiz Carlos Alexandre já enviou para o Estabelecimento Prisional de Évora e para o advogado de José Sócrates o despacho em que prolongará a medida de coacção de prisão preventiva por mais três meses.

Quanto ao processo por violação do segredo de Justiça, que levou José Sócrates ao DIAP nesta segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou ao Diário de Notícias que o ex-primeiro-ministro foi ouvido enquanto testemunha e que “não foi constituído arguido”.

José Sócrates terá sido sujeito a dois interrogatórios, durante cerca de oito horas, no âmbito das alegadas fugas de informação na investigação em torno do processo que o associa a crimes de corrupção, de fraude fiscal e de branqueamento de capitais.

O Público evidencia, entretanto, que o procurador Rosário Teixeira também vai ser ouvido, neste processo de violação do segredo de justiça. O jornal nota ainda que “o mesmo poderá suceder com os funcionários que tramitaram o processo, polícias e o juiz de instrução criminal Carlos Alexandre”.

SV, ZAP

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