Entre os 41 nomes, há um bem conhecido – e bem polémico: Carlos Abreu Amorim. Dois Ministérios só têm mulheres.
Luís Montenegro entregou (tarde) a lista dos 41 Secretários de Estado que compõem o XXIV Governo Constitucional.
A demora esteve essencialmente relacionada com dois novos Secretários de Estado, que ainda não tinham rescindido contrato no local onde trabalhavam.
Há outros dois nomes – esses conhecidos – que podem marcar esta lista: Cristina Dias e Carlos Abreu Amorim.
O “caso mais delicado”, como descreve o jornal Expresso, é o de Cristina Dias.
A futura Secretária de Estado da Mobilidade (vai tomar posse ainda nesta sexta-feira) era vice-presidente na CP – Comboios de Portugal.
Em Outubro de 2015 o jornal Público avançava que Cristina Dias, enquanto estava na CP, foi integrada na Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.
Aceitou, integrou os quadros e deixou a CP, após 23 anos na empresa de comboios – mas, ao rescindir, pediu uma indemnização.
Conseguiu um acordo e a CP pagou cerca de 80 mil euros a Cristina Dias pela sua saída.
A empresa justificou na altura, dizendo que a rescisão decorreu como decorreu com outros quase 400 trabalhadores nos últimos anos, quando acontece por mútuo acordo.
Este caso faz logo lembrar a saída de Alexandra Reis da TAP; embora noutro contexto e noutra escala, já que esta antiga administradora recebeu 500 mil euros da TAP.
A nova secretária de estado da mobilidade chegará a tomar posse? pic.twitter.com/972qADCHqE
— Antigo Liberal (@AntigoLiberal) April 4, 2024
Outro nome pouco pacífico será o de Carlos Abreu Amorim. O polémico ex-deputado será Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.
Carlos Abreu Amorim tem declarações um pouco “fora da caixa” nas redes sociais: chamou “magrebinos” aos lisboetas, escreveu que os gregos “seguem-nos na tragédia assassina dos incêndios descontrolados”, chamou “bully boy” a André Ventura, ou acusou Marcelo Rebelo de Sousa de se “salvar a si mesmo e aos seus, em prol do poder. Que se lixe Portugal” – quando o presidente da República reagiu à manutenção do então ministro João Galamba no Governo.
Entretanto, as publicações de Carlos Abreu Amorim no X desapareceram.
No resto da lista, há três nomes próximos de Marcelo: Hélder Reis, Nuno Sampaio e Inês Domingos – todos eram colaboradores do presidente.
Refira-se que Inês Domingos (Assuntos Europeus), tal como Alexandre Homem de Cristo (Adjunto e Educação) e Clara Marques Mendes (Acção Social e Inclusão), estarão em Secretarias de Estado, mas estavam indicados para possíveis ministros – Inês na Economia, Homem de Cristo precisamente na educação e Marques Mendes no Trabalho e Segurança Social.
Há dois Ministérios que ficam totalmente sob tutela feminina, no que diz respeito a Secretárias de Estado: na Justiça teremos Maria Clara Figueiredo e Maria José Barros, enquanto na Saúde serão Ana Pinheiro Povo e Cristina Vaz Tomé.
Não há qualquer Secretário de Estado ligado directamente ao primeiro-ministro.
Disparates de Xuxalistas derrotados!
Acho que não percebi bem. Rescindiu mas pediu uma indemnização? E deram-lhe? Começa a perceber-se o resultado do Chega.
Bem vindos à realidade AD (Anti-Democrática)
Quando os grandes amigos se juntam, dão nisto. Eles não estão lá para trabalhar e melhorarem as condições de mobilidade. Eles estão lá para se encherem e encherem os bolsos dos amigos. Ao Zé Pagode nem lhe dá o cheiro…!
E não é por acaso que o chega adoraria lá estar também!
Não é por acaso toda a insistência e gritaria do André Ventura… alguém pensa que estes é que iriam mudar alguma coisa!?…
Basta lembrar o que disse o Pedro Frazão, para os outros é um tacho mas no caso do Pacheco de Amorim já não é… se isto não convence as pessoas que o chega não vai nem quer alterar seja o que for, então não sei o que é preciso para as convencer…