A valorização do franco suíço, face ao Euro, após a decisão do Banco Central da Suíça de abandonar a taxa de câmbio mínima aplicada, está a preocupar os funcionários públicos portugueses que trabalham naquele país. E há quem fale numa “situação dramática”.
Em causa estão os salários pagos em Euros pelo Estado Português que ficam desvalorizados, perante o fortalecimento do franco suíço em cerca de 20% relativamente à moeda única. O poder de compra dos funcionários públicos nacionais fica assim enfraquecido.
Uma circunstância que “representa muito dinheiro porque o custo de vida na Suíça é um dos mais caros do mundo“, conforme confessa a funcionária do Escritório Consular de Sion, Clara Fonseca, em declarações à TSF.
Esta emigrante que trabalha há três anos na estrutura consular de Sion fala de “uma situação dramática” e espera que “o Estado Português tenha isso em consideração” e que os ministros dos Negócios Estrangeiros e das Finanças intervenham.
O secretário geral do Sindicato dos Professores no Estrangeiro, Carlos Pato, alerta, entretanto, também via TSF, que o ensino de Português na Suíça pode estar em risco, por causa do que define como “corte brutal nos rendimentos dos professores”.
Por outro lado, a situação beneficia aqueles que recebem os seus ordenados em francos suíços, o que lhes permite acumularem mais euros.
“Desde quinta-feira tem havido uma romaria aos bancos. Os emigrantes estão a mandar as suas remessas para Portugal. Quando mandavam mil francos isso representava cerca de 800 euros. Agora, esses mesmos francos suíços valem mais de 990 euros. O que é fantástico para quem tem compromissos em Portugal”, nota o director de um jornal português em Lucerna, Adelino Sá, ouvido pela TSF.
ZAP