O esquema tinha sido denunciado há poucas semanas. Novas estimativas apresentam números mais elevados.
“Um pote infinito de dinheiro que qualquer um poderia aceder”.
Foi este o resumo de Dan Fruchter, chefe da unidade de fraude e crimes de colarinho branco no gabinete do Procurador dos EUA, em Washington.
Recuperamos os números do “maior golpe financeiro de sempre” nos Estados Unidos da América. Tudo relacionado com a COVID-19.
Milhões de dólares, que seriam para ajuda humanitária relacionada com a pandemia, foram roubados ou mesmo desperdiçados. Para o lixo.
Foram utilizados números de Segurança Social de pessoas mortas, ou de prisioneiros federais, para ter acesso a cheques-desemprego. Em vários Estados, ao longo dos últimos três anos.
Tudo por causa da pressa: a Casa Branca queria tanto ajudar, e ajudar rapidamente, que controlou pouco o esquema. Havia poucas restrições nas candidaturas aos cheques, por exemplo.
“É uma fraude sem precedentes“, reforçou Mike Galdo, director no Departamento de Justiça dos EUA.
Nesta terça-feira surgiram novos números sobre o processo.
O inspector-geral da Administração de Pequenas Empresas (órgão federal nos EUA) anunciou que, pelo menos, 17% de todos os fundos relacionados com a COVID-19 foram “encaminhados para agentes potencialmente fraudulentos“, cita a agência Associated Press.
17% não parece uma percentagem muito elevada mas, como o “bolo” total é muito grande, estamos a falar de mais de 200 mil milhões de dólares (mais de 180 mil milhões de euros).
Essa quantia terá sido roubada de duas grandes iniciativas de ajuda de emergência a empresas e particulares: 125 mil milhões dos empréstimos para afectados e quase 69 mil milhões de cheques-desemprego.
São números muito maiores do que as estimativas anteriores da mesma entidade, que apontavam para 106 mil milhões, praticamente metade das novas contas.
Mas a mesma AP estima que 10% do programa total do Governo dos EUA não foi para onde deveria ter ido. Ou seja, mais de 4.200 mil milhões de euros.
Mas no Governo acredita-se que a fraude é de escala menor: cerca de 37 mil milhões de euros, afirmou Gene Sperling, um alto funcionário da Casa Branca. “Mas, seja o valor que for, é inaceitável”, avisou.
Estes desvios terão ocorrido sobretudo em 2020, durante os primeiros meses da pandemia – e quando Donald Trump era presidente.
Os números finais deverão demorar meses ou anos a surgir. Há mais de 90 mil casos a serem analisados.
Entretanto, um estudo divulgado há uma semana mostra que esta fraude nacional aumentou os preços das casas nos EUA: as pessoas que conseguiram cheques de apoio (quando não eram elegíveis para isso) compraram mais casas do que os restantes compatriotas e por valores mais elevados. E o preço das casas subiu em média 5,7%.
Coronavírus / Covid-19
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Mas o Covid foi inventado (é uma arma biológica produto de um laboratório) com intenções criminosas, entre elas, vigarices deste dimensão. Lá como cá.
Vão censurar o meu comentário, como já vai sendo habitual?