Segundo o Inspetor-geral das Finanças, o afastamento de Alexandra Reis aconteceu depois de uma tentativa de tirar competências à gestora e após a CEO ter concluído que “não estavam reunidas as condições” para o trabalho conjunto.
O inspetor-geral de Finanças, António Ferreira dos Santos afirmou ontem em sede de comissão parlamentar de inquérito à TAP que o pagamento da indemnização de 500 mil euros à antiga administradora Alexandra Reis só era do conhecimento dos membros do Governo que já se demitiram. “Do que pudemos apurar, mais nenhum membro do Governo teve envolvimento e/ou conhecimento prévio do processo.”
Apesar de declarar publicamente que não cabe à IGF atribuir culpas no âmbito público, António Ferreira dos Santos entende que não tem razões para pensar que Pedro Nuno Santos soubesse mais do que explanou na resposta escrita enviada aquele organismo.
Já no que respeita às responsabilidades do administrador financeiro, Gonçalo Pires, o representante da IGF afirmou que este não teria de informar o Governo do processo de indemnização. No entanto, não ficou claro se sabia ou não da compensação e, caso a resposta seja sim, em que momento teve conhecimento.
De acordo com o inspetor, Gonçalo Pires terá sabido, a “dado momento”, da indemnização mas “achou tarde e decidiu não transmitir” essa informação à tutela. No entanto, António Ferreira dos Santos admitiu que, durante os contactos que foram feitos, o administrador financeiro “não afirmou que teve conhecimento da indemnização”.
Apesar dos esclarecimentos, os deputados não ficaram satisfeitos, por entenderem que sendo ele o responsável pelas finanças não pode ser tão facil e rapidamente ilibado. “Sobre o pagamento da indemnização, os pagamentos relacionados com recursos humanos são enviados num ficheiro encriptado, pelo que não há conhecimento dos montantes e destinatários”, afirmou António Ferreira dos Santos.
O representante da IGF afirmou ainda que uma das razões pelas quais Christine Ourmières-Widener não foi ouvida presencialmente teve que ver com a diferença da língua. Ainda assim, ressalvou que a CEO da TAP foi ouvida quatro vezes por outras vias.
Sobre o motivo na origem da saída de Alexandra Reis, António Ferreira dos Santos relaciona-o com uma tentativa de tirar competências à gestora, seguindo-se o seu afastamento por se concluir que “não estavam reunidas as condições” para o trabalho conjunto. Segundo o inspetor-geral, Ourmières-Widener expressou que havia um “desajustamento de opiniões” com Alexandra Reis.
Tanto “lixo” escondido debaixo do tapete do (Território Político) , que já faz bossa ! ,,,,,, não haverá Uma ou Un Funcionário , capaz de passar o aspirador para sanear a Casa Portugal ?