A produtora Sony Pictures cancelou, abruptamente, a estreia marcada para 25 de dezembro do filme “A Entrevista”, uma paródia que irritou a Coreia do Norte e que motivou ameaças de piratas informáticos.
A decisão foi anunciada após a maioria das salas de cinema norte-americanas terem anunciado que não iriam passar o filme sobre uma trama ficcional para assassinar o ditador norte coreano Kim Jong-Un.
«No seguimento da decisão da maioria das nossas salas de não apresentar o filme “A Entrevista”, decidimos não avançar com o seu lançamento nos cinemas», lê-se num comunicado.
«Respeitamos e entendemos a decisão dos nossos parceiros e, naturalmente, partilhamos o seu interesse superior na defesa dos empregados e dos frequentadores das salas de espetáculo», adianta a Sony.
O nervosismo sobre a assistência do filme seguiu-se após avisos de um grupo de “hackers”, intitulado Guardiões da Paz, que evocaram o 11 de setembro de 2001, nos EUA, como aviso para quem queira ir ver o filme.
Numa mensagem escrita, o grupo diz que um “amargo destino” espera quem for ver o filme.
«Brevemente, todo o mundo vai ver um filme horrível que a Sony Pictures Entertainment fez. O mundo vai estar cheio de medo», advertiu o grupo na mensagem.
Parece restar ao filme o infeliz destino de “cair na net”, viralizar, e ter o estrondoso sucesso de audiência que provavelmente lhe escaparia nas salas de cinema.
ZAP / Lusa
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