Os profissionais das forças de segurança, que hoje se manifestam em Lisboa, derrubaram as barreiras de segurança colocadas no fundo da escadaria da Assembleia da República, havendo pelo menos já um ferido, verificou a Lusa no local.
Gritando “invasão” e acompanhados por muitos assobios, os manifestantes derrubaram por volta das 20h20 as barreiras, obrigando ao reforço do número de polícias que estão fardados na escadaria.
Um grupo de polícias que participa na manifestação acabou por fazer também uma barreira, para que os restantes manifestantes não subam as escadas da Assembleia.
Milhares de profissionais das forças e dos serviços de segurança começaram a manifestar-se hoje, pouco antes das 19h00, num percurso entre o Largo do Chiado e o parlamento, em Lisboa, contra os cortes orçamentais.
Elementos da PSP, GNR, SEF, guardas prisionais, ASAE, Polícia Marítima, Polícia Judiciária e polícias municipais participam na manifestação.
Empunhando várias bandeiras e cartazes, os manifestantes gritam “Passos escuta, os polícias estão em luta”, “Polícias unidos jamais serão vencidos” e “Está na hora de o Governo ir embora”, num protesto em que já foi cantado o hino nacional e “Grândola, Vila Morena”.
Os organizadores da manifestação – Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e dos Serviços de Segurança – referem que é “o maior protesto de todos os tempos”.
O secretário-nacional da CCP, Paulo Rodrigues, disse à agência Lusa que a adesão está relacionada com a grande desmotivação que existe nos profissionais.
Paulo Rodrigues, que também é presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, adiantou que o Governo tem de tirar uma lição do protesto.
Polícia há 26 anos, Armando Silva disse que se sente defraudado porque quando entrou para a PSP foi-lhe apresentado um percurso de carreira diferente.
“Como posso defender os outros quando atacam severamente o meu agregado familiar?”, questionou, referindo-se aos cortes no sistema de saúde e no ordenado.
O presidente do Sindicato Nacional das Polícias Municipais, Pedro Oliveira, disse à Lusa que esta é uma “polícia ‘low cost'”, recebendo cada profissional uma média de 700 euros por mês.
O sindicalista adiantou que as Câmaras Municipais estão a tirar o único subsídio que recebiam porque não têm dinheiro.
A desmotivação também é patente nos militares da GNR.
João Carmo, na GNR há 22 anos, contestou as políticas do Governo, sublinhando que, desde que entrou para a corporação, foi perdendo direitos ao longo do tempo.
Entre os manifestantes está a circular um panfleto que apela à “greve às multas no mês de dezembro”.
“Desvalorizam o nosso trabalho, vamos mostrar o quanto ele vale!”, lê-se no panfleto.
Os profissionais das forças e dos serviços de segurança protestam contra os cortes previstos nos vencimentos e nos orçamentos das próprias instituições policiais em 2014.
/Lusa
Espero que nunca mais um agente policial me autue por estacionar em cima do passeio, exceda em 10 km/h o limite de velocidade ou não respeite um sinal stop; o estado de direito, já muito fragilizado, ficou irremediavelmente desacreditado quando todo o país , viu , em directo, agentes policiais ( pagos com os impostos de muitos concidadãos que passam fome ) desrespeitarem o dispositivo de segurança colocado em frente do parlamento.
Isto hoje os nossos politicos ate fugiram!!! devia era de ser pior, andamos todos num sufoco, para grandes mordomias dos nossos politicos, brutos carros, grandes vidas e gente a passar fome, estamos pior q no tempo do Salazar. “O pobre pobre e o rico cada vez mais rico” a classe média foi toda vida. Que venham as eleiçoes para esta cambada ir toda vida, mas ja deixaram o povo na miséria.