Subidas podem ser ainda mais significativas no caso das tarifas mais baixas.
Portugal terá de investir 6,6 mil milhões de euros no abastecimento de água, drenagem, tratamento de águas residuais e encaminhamento separado das águas pluviais – esta última uma novidade.
Como consequência desta atualização, a tarefa média dos serviços poderá sofrer um aumento de quase 50 ou 60%.
No entanto, nota o Jornal de Notícias, nos sistemas que praticam tarifas baixas, o aumento será muito superior.
Isto apesar de os investimentos serem financiados pela União Europeia até 40% a fundo perdido, através do Plano Estratégico para as Águas Residuais e Águas Pluviais 2030. Segundo a mesma fonte, os gastos dos sistemas “devem ser tendencialmente recuperados pelas tarifas“.
Apesar de a cobertura média de 107% dos gastos com abastecimento de água às populações serem considerados satisfatórios – os ganhos superam os custos em 7% -, muitas entidades gestoras não têm receitas insuficientes.
No que respeita ao saneamento, os ganhos não cobrem os custos, já que a recuperação média é de 95%.
Onde se lê “encaminhamento” das águas pluviais deveria ler-se aproveitamento!! Enquanto não forem construidas mais barragens de terra por todo o Alentejo para o devido aproveitamento de toda a água, que cai nos solos e não forem construidos mais sistemas de armazenagem, como por exemplo as cisternas, permitindo que a água corra livremente nos solos cada vez mais impermeabilizados para os rios que a levam para os oceanos já a transbordarem a única solução será mesmo o aumento das tarifas!! E se continuarmos a lavar ruas e a regar jardins públicos com água tratada, mais altos irão ter que ser os tarifários, é óbvio!