Presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro justificou o apoio a Luís Montenegro com a importância para o partido de ter um presidente que faça um esforço de agregar e unir o PSD.
A candidatura anunciada que ainda não o é vai passar a sê-lo amanhã. Luís Montenegro fará o anúncio da sua candidatura às eleições internas do PSD, marcadas para 28 de maio, na sede nacional e os primeiros apoios já começaram a surgir. Maria da Graça Carvalho, eurodeputada e presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro, justificou a posição com “a importância para o partido de ter um presidente que faça um esforço de agregar e unir que o PSD possa passar um período de tranquilidade”.
“Num momento crucial para o partido, é importante que o futuro presidente agregue e una, modernizando a imagem do PSD, atraindo novos quadros, posicionando o PSD como verdadeira alternativa ao PS”. Para além desta visão, a responsável também diz admirar o antigo líder parlamentar “pelas suas qualidades humanas e políticas, pelo seu conhecimento profundo do partido e da sociedade civil e pela sua experiência política, corporiza esse espírito”.
Com o anúncio do seu apoio, Maria da Graça Carvalho diz que pretende contribuir para a “unidade” desejada. Sobre a possível candidatura de Jorge Moreira da Silva, considera que Montenegro tem vantagem por ter sido líder parlamentar e “conhecer profundamente” o partido. Destaca também, no perfil de Montenegro, “a persistência em querer ser líder mostra a sua determinação“.
Na noite da última sexta-feira, o antigo ministro do Ambiente anunciou numa publicação do Facebook que iria avançar para a corrida, prometendo uma declaração pública para 14 de abril. Até à data, explicou, estará concentrado, “enquanto Diretor da Cooperação para o Desenvolvimento na OCDE, na conclusão do processo de tratamento, análise e apresentação, no dia 13 de Abril, das estatísticas anuais da Ajuda Pública ao Desenvolvimento dos 30 principais doadores internacionais”.
Para além das suas funções ministeriais, Moreira da Silva foi também deputado (1999-2003), primeiro vice-presidente do PSD entre 2010 e 2016, conselheiro das Nações Unidas para a inovação financeira relacionadas com as alterações climáticas e conselheiro do Presidente da República Cavaco Silva.
Ontem a corrida à liderança do PSD perdeu um candidato: Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, justificando o não avanço com a necessidade de mais tempo para construir uma “alternativa forte“.
“Quero agradecer a todos os muitos que me manifestaram o seu apoio, muitos deles que não conheço, porque por sua iniciativa me facultaram essa sua perspetiva, mas a verdade é que é preciso mais tempo e mais trabalho para termos uma alternativa forte dentro do PSD”, afirmou Ribau Esteves, citado pelo Diário de Notícias.
Na conferência de imprensa, o autarca não esclareceu, porém, que candidato irá apoiar, se Montenegro ou Moreira da Silva. “Temos afinidades de gestão política há muitos anos e, portanto, pensarei sobre essa matéria com mais diálogo com ele [Moreira da Silva], como já tive nestas duas semanas e, portanto, é seguramente uma hipótese que ponderarei”.