O general João Cordeiro, ex-chefe da Casa Militar de Marcelo Rebelo de Sousa, está a ser julgado num processo à parte por suspeitas de falsas declarações.
O Ministério Público pede a sua condenação, mas é só na próxima segunda-feira que o general saberá se o juiz Francisco Henriques o absolve ou condena a uma pena de multa, escreve o Expresso.
Durante o julgamento, o militar defendeu que nunca recebeu emails do então diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), o coronel Luís Vieira.
No entanto, ficou provado em tribunal que, em meados de 2017, Luís Vieira enviou dois emails a pressionar Cordeiro para convencer Marcelo Rebelo de Sousa no sentido de a investigação ao roubo das armas de Tancos ficar nas mãos da Polícia Judiciária Militar e não da PJ civil.
Das quatro certidões extraídas do processo principal de Tancos, João Cordeiro foi o único a enfrentar julgamento. As procuradoras Cândida Vilar e Helena Miguel foram ilibadas, sublinha o semanário.
Mais de quatro anos depois do início da novela do caso do assalto aos paióis militares de Tancos, o acórdão do Tribunal de Santarém foi lido na semana passada.
As acusações de favorecimento pessoal, denegação de justiça, prevaricação e abuso de poder contra o ex-Ministro da Defesa Azeredo Lopes caíram. No total, 11 dos 23 arguidos foram condenados.
Acho que os elementos da PJM deviam ter sido condenados a prisão efectiva.