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“Whatever it takes.” Costa fará o que for preciso para garantir contas certas

partyofeuropeansocialists / Flickr

O primeiro-ministro, António Costa

O primeiro-ministro, António Costa

“We will do whatever it takes to ensure soundness in public finances”, disse o primeiro-ministro, em inglês, garantindo que fará “o que for preciso” para assegurar a estabilidade das finanças públicas, durante a sessão solene comemorativa do 175.º Aniversário do Banco de Portugal (BdP).

Esta quarta-feira, numa intervenção na sessão comemorativa do 175.º aniversário do Banco de Portugal (BdP), António Costa garantiu que fará o que for preciso pela estabilidade das finanças públicas.

“We will do whatever it takes to ensure soundness in public finances”, disse o primeiro-ministro, em inglês, lembrando as palavras de Mario Draghi, antigo presidente do BCE, quando, em plena crise, garantiu aos mercados que iria fazer tudo para manter a integridade da Zona Euro, perante as ameaças de saída da Grécia da área da moeda única.

Desta vez, numa sessão que contou com a presença de Christine Lagarde, Costa assegurou que Portugal vai continuar a cumprir os objetivos de redução do défice e da dívida pública “whatever it takes”.

“Reduzir o défice e a dívida não é um constrangimento. São objetivos que articulamos com o aumento do investimento, de salários, pensões, prestações sociais e melhoria dos serviços públicos”, afirmou, citado pelo Jornal Económico.

“São as contas certas que garantem a credibilidade internacional de Portugal, permitindo-nos ter poupado três mil milhões de euros juros da dívida anualmente face a 2015 e alcançado valores contratados pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal”, justificou o governante.

Como não quer que essa dinâmica positiva dos últimos anos seja posta em causa, Costa lembrou que há também desafios europeus pela frente, nomeadamente a União Bancária que “não pode permanecer incompleta”, o sistema europeu de seguros de depósitos que se encontra num “impasse” que é preciso desbloquear, ou a necessidade “imperiosa” de prosseguir com a união dos mercados de capitais.

No Museu do Dinheiro, em Lisboa, o primeiro-ministro avisou ainda que “uma retirada precoce dos estímulos, sem a necessária flexibilidade ou gerando incerteza, colocará em causa a força da recuperação”.

De acordo com o Expresso, os alertas foram dirigidos à líder do BCE que concorda com António Costa: a resposta conjunta é a melhor forma de conseguir trazer a recuperação e a resiliência à economia do euro.

Liliana Malainho, ZAP //

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