Rui Rio tem dois trunfos na manga: além de querer provar que é melhor candidato a primeiro-ministro, quer também convencer os militantes de que Rangel não pensou no interesse do país quando votou contra o adiamento das eleições internas no Conselho Nacional.
Rui Rio viu a sua proposta de adiamento das diretas ser chumbada no Conselho Nacional da semana passada, tendo 71 conselheiros votado a favor da marcação das eleições para 4 de dezembro, a data preferida por Paulo Rangel, que oficializou a sua candidatura no mesmo Conselho. Apenas 40 conselheiros apoiaram o líder social-democrata.
Em declarações ao Expresso, fonte da direção do PSD disse que o presidente “arriscou uma derrota no Conselho Nacional para ficar visível que estamos em luta interna a meio de uma crise política”.
A intenção de adiar as diretas tinha um objetivo bem definido que irá manter-se. Assim, se o Orçamento do Estado chumbar no dia 27 de outubro, o plano mantém-se em nome do “interesse do país”.
Para a direção do PSD, Rui Rio tem uma forma de fazer política “diferente” e foi sempre vencendo as eleições internas sem se desviar dela. É isso que fará novamente, mesmo que seja acusado de orquestrar um “golpe palaciano” por querer ser candidato a primeiro-ministro numas eleições antecipadas, em caso de chumbo do OE, em janeiro.
“O mandato do presidente do partido termina a 12 de fevereiro de 2022“, tem dito Salvador Malheiro.
Em declarações ao podcast Expresso da Manhã, o diretor da campanha de Rio disse que o líder procurou, propositadamente, que Rangel se assumisse como candidato antes de Rio Rio fechar o dossiê das autárquicas. A intenção era clara: dar-lhe o argumento de que foi “injusto”.
Também no Expresso da Meia Noite, Salvador Malheiro assumiu que “o objetivo de Rui Rio era começar o Conselho Nacional pela análise da situação política em que pudéssemos enaltecer e reconhecer o trabalho feito por muitas estruturas, queríamos fechar o ciclo autárquico onde o PSD conseguiu alcançar uma vitória política. Foi o Paulo Rangel quem alterou a ordem de trabalhos.”
Ora, à “deslealdade” do eurodeputado (nas palavras de David Justino) por ter feito trabalho de campo nos últimos meses, soma-se a “injustiça” de Paulo Rangel por ter provocado uma derrota ao líder no Conselho Nacional que seria para enaltecer os resultados autárquicos.
A estratégia, escreve o Expresso, passa agora por convencer os militantes da “injustiça” que seria apearem Rui Rio depois de ter cumprido os objetivos a que se propôs, aliado ao argumento de que a “escolha agora é para candidato a primeiro-ministro e não apenas para presidente do PSD”, justifica fonte da direção social-democrata.
rio rio já vai tarde de mais bom gestor mas mau politico
Dá a mão ao Salvador Malheiro. Um político que promete dar ao partido aquilo que precisa. Mas para isso tem que ganhar o Rui Rio. Rangel que se mêta dentro da concha , porque para o que ele quer é mais uma encrenca de direita à Passos que nos deu uma fartada do pior que havia . O Gaspar que não fez nada ,apenas aplicou impostos a fartar. Foi-se embora e que nunca mais pense em voltar.