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Costa diz que “um primeiro-ministro deve distinguir muito bem as funções”

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António Pedro Santos / Lusa

O primeiro-ministro considerou, esta quarta-feira, que um chefe do Executivo deve “distinguir muito bem” quando está nestas funções e quando está em funções partidárias.

“Aquilo que, obviamente, um primeiro-ministro que está em funções deve fazer é procurar distinguir muito bem quando é que está em funções de primeiro-ministro e quando é que está nas outras funções partidárias que tem”, disse António Costa.

O também secretário-geral do PS falava aos jornalistas depois de visitar a feira agrícola Agrogobal em Porto de Muge, no concelho do Cartaxo (Santarém), e depois de ser questionado sobre a conciliação entre a agenda de primeiro-ministro e a campanha para as eleições autárquicas, marcadas para dia 26.

“Obviamente, eu, ao contrário dos outros líderes partidários, não posso andar a fazer campanha eleitoral de manhã à noite. Tenho de reservar os fins de semana, tenho de utilizar as noites, os intervalos da hora de almoço, aos fins de tarde, e tenho de continuar a cumprir as minhas missões”, continuou.

Salientando que não foi quem definiu o calendário da Agroglobal, António Costa garantiu que não é por se estar em pré-campanha eleitoral que deixaria de ir à feira agrícola, porque é “importante valorizar este setor, é importante valorizar este evento e é importante dar uma palavra de alento” aos agricultores.

“Acho que o país tem uma dívida de gratidão para com os seus agricultores e é uma palavra de estímulo e de carinho que devemos dar”, disse ainda António Costa.

“Ao longo deste mais de ano e meio que vamos enfrentando de pandemia, muitos setores de atividade tiveram de fechar, muitos de nós tivemos de enfrentar o receio da pandemia, mas houve setores que nunca puderam fechar e tiveram sempre que vencer os receios para que nada nos faltasse e para que, do prado ao prato, tivéssemos sempre uma cadeia de abastecimento permanentemente a funcionar”, lembrou.

O chefe do Executivo considerou ainda que o atual momento é de “viragem importante, com uma nova Política Agrícola Comum (PAC), mas também devido ao próprio Plano de Recuperação e Resiliência”, que tem “um conjunto de investimentos importantes para uma das maiores preocupações que o setor hoje atravessa e que, praticamente, em todos os ‘stands’” lhe foi colocada, a questão da água.

“Eu falo para os portugueses, sobre os problemas de Portugal, não falo da oposição nem dos problemas da oposição”, acrescentou aos jornalistas.

No último sábado, na Batalha, em Leiria, o líder do PSD, Rui Rio, afirmou que “já não se percebe se é com o fato de líder do PS ou com o fato de primeiro-ministro” que António Costa “anda a prometer tudo e mais alguma coisa”, depois de o acusar de fazer fogo-de-artifício com a chamada “bazuca” europeia, no valor de 16,6 mil milhões de euros.

ZAP // Lusa

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