No seu comentário semanal na SIC, Luís Marques Mendes, falou sobre o processo de vacinação em Portugal, as autárquicas e a Festa do Avante! – temas que marcaram a agenda política da semana.
No dia em que Portugal atingiu o marco de 85% da população com pelo menos uma dose da vacina, Luís Marques Mendes diz que o objetivo que se segue – de ter 85% da população nacional com a vacinação completa – “será alcançado dentro de duas ou três semanas. Até ao final de setembro acaba o processo de vacinação”.
O facto de o país chegar a esta meta faz com que o plano de desconfinamento possa dar mais um passo. O Governo definiu que a última fase deste plano – a fase 3 – irá avançar quando o país tiver mais de 85% da população com a vacinação completa.
Quando Portugal atingir esse patamar, deixa de existir um limite máximo de pessoas por grupo, quer no interior quer em esplanadas de restaurantes e pastelarias; os estabelecimentos e equipamentos deixam também de ter limites de lotação, bem como os espetáculos culturais e os eventos familiares; os bares e discotecas poderão abrir, mediante a apresentação de Certificado Digital ou de um teste com resultado negativo.
Luís Marques Mendes frisa que o momento é “histórico” e “motivo de orgulho” para o país, atribuindo os méritos do avanço do processo de vacinação ao vice-almirante Gouveia e Melo – “simbolicamente, merece uma estátua” –, aos profissionais de saúde, aos autarcas e à “maturidade” dos portugueses.
Autárquicas à porta
Com as eleições autárquicas na mira (realizam-se a 26 de setembro), Marques Mendes fez uma análise dos dois debates entre os candidatos às maiores autarquias do país.
Relativamente ao debate de Lisboa, que ocorreu na passada quinta-feira, o comentador destacou que não houve vencedores nem vencidos.
Na sua perspetiva, houve um empate entre Moedas e Medina, já que cumpriram os seus guiões e as suas estratégias. Contudo, sublinha que mais importante será o debate que os dois, sozinhos, vão ter dentro de dias.
No que diz respeito ao debate portuense, mediado por Clara de Sousa na sexta-feira, Marques Mendes nota algumas diferenças. Neste debate houve claramente um vencedor: Rui Moreira.
Para Marques Mendes, o debate na Invicta não foi empolgante, mas mostrou que o atual presidente – apesar de todas as críticas devido ao seu envolvimento no Caso Selminho – se manteve seguro, tranquilo e confiante, o que antecipa que esteja a caminho de um resultado histórico.
Liderança do PSD
Sobre o PSD, que este fim de semana viu aparecer um possível candidato à sua liderança, Paulo Rangel, o antigo presidente do partido afirma que este “é o que está mais bem posicionado para avançar, apontando a entrevista “corajosa, natural e genuína” no Alta Definição.
Na opinião de Marques Mendes, com Rio ou sem Rio, o país precisa de uma oposição “a sério”. Exemplifica com o apoio que o PSD deu à “aberração” que diz ser a lei do cibercrime, entretanto chumbada pelo Tribunal Constitucional – “uma bofetada” também para Rio, considerou Mendes –, e também com a falta do decreto de execução orçamental “que o Governo não aprova há dois anos”.
No que diz respeito ao PS, e ainda sobre o congresso do passado fim de semana, onde os socialistas pediram a António Costa para ficar para lá de 2023, Mendes está convencido que Costa sai e que está a fazer como Cavaco Silva em 1995.
Festa do Avante!
Este fim-de-semana realizou-se mais uma edição da Festa do Avante! e Marques Mendes não tem dúvidas que o momento serviu como elemento de mobilização para as autárquicas.
O comentador recorda que estas autárquicas são um enorme desafio para o PCP, já que há quatro anos, o partido teve um resultado que foi um descalabro. Agora, frisa o antigo líder do PSD, se o PCP não recupera algumas Câmaras, então passa “de um descalabro a humilhação”.
Sobre as várias críticas que Jerónimo de Sousa fez ao PS e ao Governo, Marques Mendes acredita que estas fazem parte da coreografia política, já que o partido comunista tem vindo a criticar o Executivo em diversos momentos, mas a seguir às autárquicas deverá viabilizar o OE.
O próximo OE vai seguramente ter o mesmo tratamento do do ano anterior: a abstenção do PCP e o voto contra do Bloco.
Ilusão…
Agora ninguém fala no COVID porque há eleições á porta. Esperem que passem as eleições e vão ver os casos a aumentar. Dão um rebuçado ao povo para que votem nos vigários do costume.
Libertação de quem,do governo comunista?.Já vou dormir melhor.
Pena a SIC não se libertar do “comentador” pequenino…
Mais um bruxo na previsão do futuro quanto ao covid, só é pena é que a realidade esteja a ser bem diferente daquilo que a tenta pintar!