Jerónimo de Sousa diz que o país tem “de se libertar do ciclo vicioso da política de direita”

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Manuel de Almeida / Lusa

Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse este domingo que o “país precisa de se libertar do ciclo vicioso da política de direita”.

Jerónimo de Sousa, que marcou presença na Festa do Avante este domingo, fez um retrato negro do país e deixou um longo caderno de encargos ao Governo para negociar no âmbito do próximo Orçamento do Estado.

“O PCP bater-se-á a todos os níveis e em todos os espaços de intervenção por cada medida necessária ao nosso povo e ao nosso país”, declarou o secretário-geral dos comunistas, deixando críticas à “política de direita que falhou, no que respeita aos interesses do país”.

Além disso, Jerónimo de Sousa colou o PS aos partidos da direita (PSD e CDS) e voltou a defender o aumento dos salários, pedindo mais investimento nos serviços públicos, designadamente no Serviço Nacional de Saúde.

“A ampliação e o reforço da luta dos trabalhadores e do povo são uma exigência da hora presente, neste momento em que o conjunto das forças do grande capital se reagrupa e reorganiza, como se vê na articulação das confederações patronais e na ação convergente dos 42 grupos económicos que se apresentam agora a pretexto da recuperação do país a exigir o que melhor serve os seus interesses egoístas”, defendeu Jerónimo, que se insurgiu contra a degradação dos salários e direitos dos trabalhadores.

“Querem manter o máximo dos retrocessos impostos por PS, PSD e CDS nas leis laborais nos últimos anos e, neste tempo, que lhes cheira a dinheiros públicos frescos, querem uma parte de leão”, disse, acrescentando que, “nesta ofensiva mistificadora, contam com as forças políticas mais retrógradas e reacionárias como o PSD e o CDS e seus sucedâneos da Iniciativa Liberal e do Chega, que fazem o papel de lebre de corrida com as suas propostas de ditas reformas estruturais e de revisão constitucional”.

“Nesta operação concertada entre as forças do grande capital e as forças políticas (…), contam com a complacência e cumplicidade do Governo do PS, como se vai vendo nas suas opções de defesa das normas gravosas das leis laborais, nas suas escolhas em relação ao Novo Banco, no assistir sem pestanejar a tentativas de despedimentos coletivos a encerramento de empresas”, apontou.

O secretário-geral do PCP falou depois do Orçamento do Estado para 2022 e apontou os campos em que a “política de direita” falhou, no que respeita aos interesses do país, escreve o jornal Público.

“Falhou no plano económico, falhou no plano social, falhou no plano político”, referiu.

“O país não precisa mais do mesmo, mas de se libertar do ciclo vicioso da política de direita e dos problemas acumulados que criou. O país precisa de avançar e encetar um novo rumo”, defendeu ainda.

ZAP //

 

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