/

Gouveia e Melo: Centro de vacinas da Unilabs “não tem a nossa confiança para voltar a funcionar”

2

Manuel de Almeida / Lusa

O vice-almirante Gouveia e Melo

O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo diz que o centro de vacinação contra a covid-19 da Unilabs, no Porto, “não tem a nossa confiança para voltar a funcionar”.

Há uma semana, a vacinação contra a covid-19 no Queimódromo do Porto, um centro de vacinas operado pela empresa Unilabs, foi suspensa por causa de uma alegada falha na cadeia de frio.

A falha fez com que 980 pessoas fossem vacinadas durante o dia 9 e a manhã do dia 10 de agosto com doses que não estiveram durante algum tempo à temperatura devida.

Em declarações ao Porto Canal, esta quarta-feira, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo disse que quando o problema foi detetado, já tardiamente, houve uma demora adicional de “mais de 24 horas” até a task-force ser notificada.

O responsável pela task-force de vacinação contra a covid-19, citado pelo Dinheiro Vivo, argumenta que o centro da Unilabs não tem condições para continuar a trabalhar, pelo menos até ao fim do inquérito.

“Enquanto não vêm os resultados e nós não percebermos o que é que aconteceu, neste momento, este CVC [centro de vacinação covid-19] não tem a confiança da task-force para poder voltar a funcionar”, disse Gouveia e Melo.

A Unilabs garante que reportou a falha na cadeia de frio “às autoridades de saúde presentes no local”, o Agrupamento dos Centros de Saúde (Aces) do Porto Ocidental, no dia 10 de agosto, logo que o problema foi detetado.

Gouveia e Melo salienta que “desde o momento em que pararam porque perceberam que havia um problema até que eu ser notificado passaram mais de 24 horas”.

“A ocorrência foi de imediato encaminhada para a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), Polícia Judiciária (PJ) e Administração Regional de Saúde (ARS) Norte, tendo sido aberto um inquérito que se encontra em curso”, acrescentou o vice-almirante.

Na semana passada, o coordenador da task force disse que as pessoas em questão não correrão risco de saúde. O que está a ser apurado é se a eficácia destes fármacos foi afetada e se os utentes terão ou não que ser vacinados de novo.

Daniel Costa, ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

2 Comments

  1. Não dá confiança nem para vacinar nem para fazer analises, como é possível não ter um sistema de monitorização de temperatura contínuo com respectivos alarmes, e ainda por cima utilizar os produtos não conformes….. Nem quero imaginar em postos mais pequenos.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.