/

Vacinação suspensa no Queimódromo do Porto por suspeitas de falha na cadeia de frio

Sedat Suna / EPA

A vacinação contra a covid-19 no Queimódromo do Porto encontra-se suspensa por causa de uma alegada falha na cadeia de frio.

Em comunicado, a task force responsável pelo plano de vacinação contra a covid-19 explica que a suspensão decorre para que possa ser averiguado o cumprimento das normas e procedimentos em vigor, depois de uma alegada falha na cadeia de frio, e que será pedida uma investigação à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

“Os agendamentos previstos para este centro de vacinação serão reagendados para outros centros nas proximidades”, acrescenta.

A task force esclarece ainda que os utentes vacinados nos dias 10 e 11 de agosto (terça e quarta-feira) serão contactados pelas entidades de saúde, até à próxima semana, para “monitorizar a eficácia das vacinas inoculadas”.

Contudo, sublinha que, dadas as características das vacinas contra a covid-19, “não é expectável que a falha ocorrida no processo de conservação tenha impacto na saúde dos utentes”.

A task force diz ainda que o Infarmed está a acompanhar a situação e acrescenta que, qualquer reação adversa deve ser comunicada através do Portal RAM. Poderão ainda esclarecer as suas dúvidas sobre a vacinação através do e-mail [email protected], adianta a nota.

Entretanto, em declarações aos jornalistas num centro de vacinação no Porto, o coordenador da task force revelou que foram afetadas 980 pessoas por esta alegada falha na cadeia de frio, que tinham sido inoculadas com vacinas da Pfizer e da Janssen.

“Não há nenhum risco para a saúde dessas pessoas, o único risco que pode haver é a vacinação ser considerada nula. Através do Infarmed, estamos a aplicar um protocolo que vai medir a evolução do resultado da vacina”, explicou Gouveia e Melo, citado pelo jornal online Observador, indicando que vai depender “dos anticorpos detetados para perceber se pode ser considerado um ato vacinal ou não”.

“Se não for considerado é um novo protocolo e as pessoas terão de ser chamadas a vacinar-se outra vez”, acrescentou.

Para além destas 980 doses do Queimódromo, o vice-almirante informou ainda que estão sob vigilância mais mil doses.

“Estão em vigilância um conjunto de cerca de mais mil vacinas. Estes protocolos são muito rigorosos, em termos de controlo de temperatura e manuseamento, é preferível perder vacinas do que arriscar a administração nula de uma vacina”, sublinhou.

Todas as pessoas que estavam agendadas no centro de vacinação do Queimódromo estão a ser reencaminhadas para o Regimento de Engenharia até que a situação seja corrigida.

Esta quinta-feira, recorde-se, começou o autoagendamento da vacina para pessoas entre os 12 e os 15 anos, sendo possível realizar o pedido até sábado.

De acordo com o calendário divulgado na quarta-feira pela task force, os jovens que façam o autoagendamento até sábado serão vacinados em dois fins-de-semana: 21 e 22 de agosto e 28 e 29 de agosto.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.