No habitual espaço de opinião na SIC, Luís Marques Mendes falou sobre a pandemia, o processo de vacinação, a remodelação governamental e comentou ainda o facto de Rui Rio ter acabado com o tabu da sua eventual saída.
Para Marques Mendes, as novas medidas de desconfinamento impostas pelo Governo – e que já tinham sido parcialmente antecipadas por si na semana passada – são bastante “positivas”, destacando que este grande passo só é possível devido ao ritmo de vacinação acelerado em que Portugal se encontra.
Por outro lado, o antigo dirigente dos sociais democratas frisa que este avanço pode ser visto como “uma reconciliação” de posições entre o Presidente da República e o Governo, uma vez que Marcelo Rebelo de Sousa já tinha defendido várias vezes que o país deveria começar a desconfinar o quanto antes.
Com as novas medidas, que dão sobretudo mais liberdade aos restaurantes, bares e espaços comerciais, Marques Mendes acredita que estes setores ainda podem terminar o ano com uma boa recuperação económica.
Ainda sobre o estado da pandemia, o comentador frisou que adiar a abertura das discotecas, ainda que com limitações de entradas, é uma violência para os jovens e um erro para a saúde pública, já que as “festas selvagens” na rua são piores que festas controladas nas discotecas.
O segundo reparo recai sobre os idosos em lares, onde para Marques Mendes continua a ser praticada a saga da desumanidade.
Relativamente a um dos assuntos mais polémicos da semana, a vacinação de crianças, o comentador defende que este processo deveria chegar, de forma abrangente, aos mais novos e não só àqueles que apresentam comorbilidades – tal como sugere a Direção-Geral de Saúde (DGS).
Ainda assim, elogia a diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, que, segundo diz, mostrou independência ao não recomendar a vacinação universal abaixo dos 16 anos. Marques Mendes salientou que a decisão foi tomada “contra a pressão política, desde logo do Governo”.
Para finalizar o comentário sobre a vacinação em Portugal, Mendes referiu que já foram administradas 12,2 milhões de vacinas.
Remodelação no Governo
O Conselheiro de Estado avança que, terminado o Estado da Nação, o grande desafio para António Costa é a remodelação do Executivo.
O comentador prevê que ministros como Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação; Marta Temido, da Saúde; Ana Mendes Godinho; do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social; Pedro Nuno Santos, das Infraestruturas; e Alexandra Leitão, da Modernização Administrativa, não deverão fazer parte da lista de saída numa possível remodelação, ainda que muitos apostem nestes nomes.
Para Luís Marques Mendes, os mais prováveis a sair do Governo são Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna cuja saída diz ser inevitável; Francisca Van Dunem, da Justiça; Graça Fonseca, da Cultura; e Manuel Heitor, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Quanto ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva; o do mar,
Ricardo Serrão Santos; e a da Agricultura, Maia do Céu Antunes, poucas certezas há sobre a manutenção no Executivo.
“Aqui tem as minhas previsões para uma remodelação, que pode acontecer em agosto, em setembro ou outubro”, rematou.
Além de avançar com vários nomes para a remodelação do Governo, Marques Mendes também apontou um possível substituto de António Costa. De acordo com o comentador, Pedro Nuno Santos será provavelmente o líder do PS a seguir ao atual primeiro-ministro.
Rui Rio acabou com o “tabu” da sua eventual saída
Referindo-se à entrevista de Rui Rio ao Expresso, Marques Mendes disse este domingo que a mesma foi “curiosa e interessante”, sobretudo porque que o líder dos “laranjas” reconheceu que vai mudar de estratégia de oposição.
“Vai apostar mais nas diferenças que tem com o PS. É positivo. O país precisa de ter uma alternativa. Para isso precisa de perceber onde é que o PSD é diferente do PS”, refere o comentador.
Destaca ainda que Rio acabou com as dúvidas sobre a sua hipotética saída. “Quer ser primeiro-ministro, vai a jogo no próximo Congresso e até vaticina que não terá um adversário forte”, realça.
Sem Passos Coelho na corrida, Marques Mendes considera que o mais bem posicionado para disputar a liderança seria, neste momento, Paulo Rangel, apesar de poder haver vários candidatos.
Para concluir, o ex-líder do PSD referiu que Rio ganhar ou perder a eleição vai depender sobretudo da “oposição interna estar unida ou dividida”.
A Graça Freitas cada vez que aparece só profere borradas. Pensa que é a maior mas não vale nada. Se não fosse a conivência com a Marta Temida há muito que já teria saído pela porta do cavalo.
A Graça Freitas pode não ter jeito para as câmaras mas é bastante competente no seu trabalho – muitissimo mais do que este advogado pequenino que faz de conta que é comentador…
Realmente, mas decerto faz melhor figura do que você faria!
Mau seria se alguém minimamente sensato não fizesse melhor figura do que os típicos “experts de Facebook”…
Pedro Nuno Santos como sucessor de AC é o verdadeiro pesadelo!!!
Não tenho nada contra nem a favor com o M Mendes nem o PSD, assim como também com a SIC alem de não gostar do desrespeito para com os telespectadores quer no que diz respeito a Programação e falta de jornalismo em vez de pivôs, mas gostava de saber, as autoridades não dizem, o que MM terá feito em beneficio da SIC para que a SIC esteja obrigada a manter o seu posto semanalmente á já largos anos, já o mesmo se passa na TVI com o Paulo Portas e outros do flanco extremo de direita da politica portuguesa, a TVI até parece ter um tipo casa do Artista para políticos de extrema direita desempregados ou reformados, já que as autoridades fazem que não veem.
Fa Extrema- direita? O que dizer então dos de extrema-esquerda, devem estar mesmo na extremidade final!