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Treino de força reduz a ansiedade em jovens adultos

De acordo com um estudo recente, o treino de força pode ajudar o reduzir os níveis de ansiedade subclínica.

A investigação sobre ansiedade e depressão tende a centrar-se em indivíduos com sintomas de nível clínico — o que faz sentido, uma vez que existe indiscutivelmente uma maior urgência em encontrar soluções viáveis para estas populações.

No entanto, indivíduos mentalmente saudáveis também sentem ansiedade de vez em quando ou podem debater-se com níveis persistentes de ansiedade subclínica e leve.

Esses níveis subclínicos, por definição, precedem sempre os níveis clínicos, por isso, mantê-los baixos na população em geral é outra forma de garantir que os indivíduos se mantêm saudáveis, escreve o PsyPost.

Tendo em conta este raciocínio, uma equipa de cientistas decidiu investigar a relação entre o treino de força e os sintomas de ansiedade subclínica entre os jovens adultos. O estudo foi publicado na Scientific Reports.

Embora a musculação tenha demonstrado melhorar os sintomas de ansiedade em indivíduos com um distúrbio de ansiedade diagnosticado, o mesmo ainda não foi amplamente estudado em populações saudáveis.

Além disso, a maioria das investigações emprega metodologias que limitam a sua transferibilidade para estudos não laboratoriais. Os autores escolheram assim um programa de treino de força “ecologicamente válido”, que poderia ser realizado tão bem em casa, num ginásio ou num laboratório.

Cada um dos participantes completou um conjunto de questionários online, incluindo o Questionário de Diagnóstico Psiquiátrico de Rastreio-GAD (perturbação geral de ansiedade) e o Questionário de Preocupação Penn State de 16 perguntas.

Os resultados da prática de exercício mostraram que os sintomas de ansiedade — medidos antes da intervenção, na primeira semana, na quarta semana e após a intervenção — foram significativamente reduzidos.

Comparativamente com o grupo de controlo, no qual houve pouca alteração dos sintomas, as maiores diferenças ocorreram entre a linha de base e a primeira semana e entre a quarta semana e a pós-intervenção, com poucas alterações entre a primeira e a quarta semana.

Será necessária investigação adicional para compreender exatamente porquê e como é que o treino de força melhora os sintomas de ansiedade em populações saudáveis. mas os autores citam os aspetos sociais da prática de exercício, a expectativa de melhoria da saúde mental e os sentimentos de domínio (como a realização de objetivos).

As conclusões são particularmente importantes para o grupo etário alvo de 18 a 40 anos, que os autores selecionaram com base na idade média de início dos sintomas de ansiedade clínica — cerca de 30 anos. A redução dos níveis de ansiedade pré-clínica pode, de facto, impedir a sua evolução para uma desordem clínica, embora seja necessária mais investigação para confirmar esta hipótese.

ZAP //

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