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Freddie Mercury, “The Queen Live at Wmbley Stadium”, 1986
O antigo vocalista dos Queen tinha uma filha secreta, com quem manteve uma relação próxima até à sua morte, em 1991. A revelação surge numa nova biografia, que detalha que Mercury teve uma relação próxima com a criança.
A biografia “Love, Freddie: Freddie Mercury’s Secret Life and Love” afirma que Freddie Mercury teve uma filha, concebida acidentalmente durante um caso com a esposa de um amigo próximo em 1976.
Segundo o The Guardian, o livro da biógrafa musical britânica Lesley-Ann Jones baseia-se em grande parte nos diários secretos de Mercury, que este terá oferecido à filha antes da sua morte, em 1991.
De acordo com “Love, Freddie”, Mercury mantinha uma relação próxima com a criança, que visitava regularmente, e entregou-lhe 17 volumes de diários pessoais detalhados, que ela manteve em segredo.
A filha do vocalista dos Queen, identificada apenas apenas como B, que tem agora 48 anos e trabalha como profissional de saúde na Europa, partilhou com Lesley-Ann Jones o conteúdo dos diários, que a biógrafa usou para o seu livro.
No livro, segundo o Daily Mail, uma carta manuscrita da filha de Mercury, que deseja manter a identidade em segredo, diz: “Freddie Mercury foi e é o meu pai. Tivemos uma relação muito próxima e amorosa desde o momento em que nasci e durante os últimos 15 anos da sua vida”.
“Ele adorava-me e era-me devotado. As circunstâncias do meu nascimento podem parecer, pelos padrões da maioria das pessoas, invulgares e até escandalosas. Isso não deveria surpreender. Nunca diminuiu o seu compromisso de me amar e cuidar. Ele estimava-me como uma posse preciosa”, acrescenta B.
A existência da criança era conhecida apenas pelo círculo íntimo de Mercury, diz o Mail.
O cantor começou a escrever os diários a 20 de junho de 1976, quando soube pela primeira vez da gravidez, dois dias depois de os Queen terem lançado o seu single “You’re My Best Friend“. do álbum “A Night at the Opera” de 1975.
Nos diários, Mercury documentou a sua infância em Zanzibar, onde nasceu como Farrokh Bulsara, filho de pais parsi-indianos, a 5 de setembro de 1946, e a sua frequência de um colégio interno de estilo britânico na Índia.
Também detalha como a família foi forçada a fugir de Zanzibar durante a revolução de 1964 antes de se estabelecer em Middlesex, no noroeste de Londres.
O cantor escreveu a sua última entrada no caderno a 31 de julho de 1991, à medida que a sua saúde se deteriorava. O cantor morreu aos 45 anos de pneumonia bronquial causada pela SIDA.
Noutra carta incluída no livro, B explica as suas razões para partilhar os diários de Mercury após 30 anos. “Depois de mais de três décadas de mentiras, especulação e distorção, é hora de deixar Freddie falar. Aqueles que estavam cientes da minha existência mantiveram o seu maior segredo por lealdade a Freddie”.
“Que eu escolha revelar-me na minha própria meia-idade é uma decisão minha e apenas minha. Não fui, em momento algum, coagida a fazer isto”, acrescenta.
“Ele confiou-me a sua coleção de cadernos privados, a mim, a sua única filha e sua parente mais próxima, o registo escrito dos seus pensamentos privados, memórias e sentimentos sobre tudo o que tinha experimentado”, realça B.
Lesley-Ann Jones contou que foi abordada pela primeira vez por B há três anos. “O meu primeiro instinto foi duvidar de tudo, mas estou absolutamente certa de que ela não é uma fantasista. Ninguém poderia ter falsificado tudo isto. Por que razão teria ela trabalhado comigo durante três anos e meio, nunca exigindo nada?”