O sorteio do coletivo que vai ficar com o julgamento de José Sócrates, no âmbito da Operação Marquês, aconteceu esta sexta-feira feira. Margarida Alves, que tem estado a julgar Rui Pinto, é a escolhida.
Além de Margarida Alves, o coletivo que irá ficar com o julgamento do ex-primeiro-ministro inclui Bárbara André, faltando ainda determinar quem será o terceiro juiz, pelo facto de haver um magistrado que transitou para o Tribunal da Relação, avança o Expresso.
A magistrada foi escolhida em maio de 2020 para presidir ao julgamento de Rui Pinto, o denunciante dos Football Leaks e do Luanda Leaks, substituindo nesse lugar um outro magistrado, Paulo Registo, que pedira escusa, por poderem ser levantadas suspeitas sobre a sua imparcialidade.
Rui Pinto começou a ser julgado alguns meses depois, em setembro, sendo que o julgamento ainda está a decorrer.
Apesar da defesa de José Sócrates ter apresentado pedidos de nulidade no âmbito da Operação Marquês, o juiz Ivo Rosa recusou-os e o ex-primeiro-ministro terá mesmo de ir a julgamento.
Na decisão instrutória do processo Operação Marquês, Ivo Rosa decidiu que Sócrates, acusado de 31 ilícitos, vai a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e outros três de falsificação de documentos, os mesmos pelos quais o seu amigo e empresário Carlos Santos Silva está pronunciado.
O juiz deu como provado que o empresário corrompeu o antigo chefe de Governo, configurando um crime (corrupção ativa sem demonstração de ato concreto) que considerou estar prescrito.