A Groundforce deverá anular, ainda esta semana, o acordo celebrado com a TAP que lhe permitiu pagar os salários dos últimos dois meses aos seus trabalhadores.
De acordo com a TVI, que é citada pelo jornal online Observador, o presidente do conselho de administração da Groundforce, Alfredo Casimiro, vai alegar a nulidade do acordo, com base em pareceres de auditores e do Conselho Fiscal.
O acordo, celebrado em meados de março, consiste na compra de equipamento da empresa de handling, por parte da TAP, no valor de 6,9 milhões de euros, valor que permitiu pagar os salários de fevereiro e de março, assim como os impostos, que estavam em atraso.
Ainda segundo o canal executivo, para o Executivo, a decisão de deixar a Groundforce entrar em insolvência controlada está “praticamente fechada”. Se isto acontecer, a companhia aérea terá de arranjar um plano B, que poderá passar por criar uma empresa semelhante com os mesmos trabalhadores.
Na semana passada, recorde-se, o Banco Português de Fomento (BPF) não aprovou o empréstimo de 30 milhões de euros pedido pelo Conselho de Administração da empresa, por não haver um plano de reestruturação e por falta de “disponibilidade financeira robusta dos acionistas”.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado e que é acionista minoritário e principal cliente da empresa que presta assistência nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.
Esta terça-feira, no Parlamento, no âmbito de uma audição regimental, o ministro das Finanças disse que, com a injeção de capital que está prevista para a TAP, a companhia deverá estar adequadamente capitalizada em 2022 e em condições de se financiar no mercado.
“Podem existir ajustamentos, mas é dentro daquele quadro que estamos a trabalhar”, referiu João Leão em resposta ao deputado do PS Fernando Anastácio, que tinha questionado o ministro se o processo de reestruturação da TAP poderia repetir o desfecho do que visou a Caixa Geral de Depósitos, que foi dado por concluído, na semana passada, pela Direção Geral da Concorrência da Comissão Europeia.
O governante disse ainda que a previsão é que a capitalização da companhia aérea possa ir a valores próximos dos três mil milhões de euros, com este processo a ter como objetivo “garantir que já em 2022 a TAP fica adequadamente capitalizada” para fazer face ao futuro e a partir daí ter condições para se financiar no mercado.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) não concorda com esta perspetiva. No domingo, alertou que as responsabilidades contigentes, onde constam a TAP, serão “tema incontornável nos próximos quatro anos” devido à acumulação “muito expressiva de riscos para o equilíbrio orçamental”.
“A incerteza que rodeia a evolução da pandemia de covid-19 e a recuperação económica faz do processo de reestruturação da TAP patrocinado pelo Estado um risco orçamental e financeiro descendente e considerável para as Administrações Públicas”, considerou.
Os Portugueses não deviam permitir que vá um cêntimo do Estado/TAP para ajudar estes Grevistas a receber vencimentos.
Devia-se fazer uma Lei que impedisse esta selvajaria de Greves.
Não sei porque não vão fazer o desembarque a Espanha e o transporte para Portugal por via Terrestre, ou então num Aeroporto Militar.