O novo canhão eletromagnético chinês, um railgun em forma de X, permite uma aceleração extrema sem que os campos magnéticos interfiram entre si. O resultado é uma arma com grande potencial destrutivo, com alcance e poder de fogo aumentados.
A China deu um passo decisivo na corrida armamentista ao apresentar um canhão eletromagnético terrestre capaz de disparar projéteis a velocidades de até Mach 7.
Segundo o South China Morning Post, o novo railgun, desenvolvido pelo Exército Popular de Libertação da China (PLA), representa uma aposta estratégica na artilharia hipersónica de longo alcance.
O sistema, a que foi dado o nome de X-railgun, introduz um design sem precedentes baseado na combinação perpendicular de dois motores lineares independentes dentro do mesmo canhão.
Esta abordagem permite uma aceleração extrema sem que os campos magnéticos interfiram entre si, resolvendo um dos principais desafios técnicos deste tipo de armamento.
A nova arma foi desenvolvida por uma equipa científica liderada pelo professor Lyu Qingao, da Universidade de Engenharia do PLA em Shijiazhuang, que concebeu esta arquitetura cruzada para superar os limites físicos que até agora impediam escalar a potência dos railgun.
Ao duplicar os carris e separar os seus circuitos elétricos, evita-se a fusão ou rotura das partes metálicas, causada pelas intensas correntes que percorrem o sistema em cada disparo.
PLA

Design conceptual do X-Railgun desenvolvida pel Universidade de Engenharia de Shijiazhuang
Este novo modelo diferencia-se claramente do railgun naval chinês testado em 2018, limitado a projéteis de 15 kg. Segundo os investigadores, o X-railgun poderia acelerar munições de até 60 kg e alcançar alvos a 400 km em apenas seis minutos, com uma velocidade de impacto superior a Mach 4.
Além do inovador design de dupla armadura, este canhão eletromagnético não usa condensadores elétricos, o que lhe permite alcançar uma cadência de disparo de 3.000 projéteis por minuto.
Esta capacidade, inédita em armamento eletromagnético, coloca a China à frente de países como os Estados Unidos ou o Japão, cujas iniciativas similares foram limitadas por custos, complexidade ou rendimento insuficiente.
O uso exclusivo de energia elétrica converte este sistema numa ferramenta silenciosa, sem recuo, difícil de intercetar e muito mais económica por disparo que os mísseis hipersónicos. A redução de riscos logísticos e o menor impacto térmico supõem vantagens-chave em ambientes operativos reais.
Se se confirmar a sua viabilidade em cenários táticos reais, o X-railgun poderia transformar radicalmente o uso estratégico da artilharia terrestre a longa distância.
Parabéns, o macaco tem mais uma maneira de matar o outro macaco. Ainda mais depressa!
Agora uma solução para matar o cancro, pode ser? Ou vão apenas continuar com os medicamentos que estendem a vida num caso desses sem realmente tratar? Não se pode matar a vaca senão fica-se sem o leite não é?