No primeiro dia em que o Portal do Auto-agendamento para Vacinação começou a funcionar, mais de 50 mil pessoas agendaram a data da vacinação contra a covid-19.
“Mais de 50 mil pedidos de agendamento foram feitos até às 17h00, o que, para primeiro dia de um projeto, é muito impressionante e demonstra bem a necessidade que as pessoas tinham de poder solicitar o seu agendamento online”, disse, esta sexta-feira, o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Luís Goes Pinheiro, numa sessão de esclarecimento sobre o portal.
Segundo o jornal Público, o ritmo de inscrições foi tão grande que, ao início da noite, já não havia vagas em alguns pontos do país. Foi o caso do Porto, por exemplo, onde quem quisesse agendar a toma da primeira dose num dos três centros de vacinação disponíveis já não tinha data disponível, sendo obrigado a ficar em lista de espera se não quisesse optar por outro concelho.
O mesmo aconteceu nos centros de vacinação de Vila Nova de Gaia, Braga e Guimarães, que também esgotaram as vagas ao início da noite, acrescenta o diário.
Em Lisboa, pelo contrário, nos oito centros de vacinação instalados na cidade, ao início da noite desta sexta-feira ainda era possível agendar a toma da vacina já para a próxima semana.
As pessoas com mais de 65 anos já podem escolher a data e o local para serem vacinados através do Portal do Auto-agendamento para Vacinação contra a covid-19, que entrou esta sexta-feira em funcionamento.
No entanto, e por se tratar de uma faixa etária que apresenta maiores dificuldades na utilização dos meios digitais, o coordenador da task force, Henrique Gouveia e Melo, esclareceu que as pessoas podem solicitar ajuda em algumas autoridades e instituições de apoio à população.
“Podem dirigir-se a um posto da GNR, dos bombeiros ou da polícia, ou a uma Junta de Freguesia para ajudarem a fazer esse auto-agendamento”, revelou.
Caso não efetuem a sua inscrição através do portal de auto-agendamento, essas pessoas podem também “esperar que sejam agendadas pelo processo central, que vai continuar a fazê-lo”, frisou o coordenador.
O lançamento do portal, no entanto, permite “aliviar muito a carga de trabalho administrativo” que era necessária para convocar as pessoas para a vacinação, porque, agora, “são as próprias pessoas que se auto inscrevem”, disse o almirante.
Além disso, quanto mais se for avançando na faixa etária da população abrangida, ou seja, à medida que o portal ficar acessível para pessoas de grupos etários inferiores, mais o portal de auto-agendamento “vai tomar conta do processo” que, “como é do conhecimento geral, tem de ser massivo e urgente”, sublinhou Gouveia e Melo.
ZAP // Lusa
Isto só prova a miséria do serviço logístico de convocação para a vacina. Isto significa que milhares de portugueses estavam a ser deixados para trás, pelos serviços de saúde. Mas a comunicação social faz pouco alarido sobre isto. Porque será?