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Costa avisa: “A ideia de que as tragédias não se repetem é uma ideia falsa”

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Rodrigo Antunes / Lusa

O primeiro-ministro fez, esta terça-feira, um veemente apelo à manutenção da disciplina individual para a contenção da covid-19, dizendo que Portugal não pode esquecer o que aconteceu no mês de janeiro.

Apelo ao sentido cívico de todos para que mantenhamos com enorme rigor este confinamento. Sei que o cansaço se vai acumulando, sei que as necessidades vão aumentando com o risco de destruição de emprego e de empresas. Tudo isso pressiona”, afirmou o líder do Executivo, tendo ao seu lado a ministra da Saúde, Marta Temido.

António Costa frisou depois que Portugal “não pode repetir o que aconteceu na primeira vaga da pandemia e não pode repetir o que aconteceu na segunda vaga”. “E muito menos podemos repetir o que aconteceu neste trágico mês de janeiro. É fundamental mantermos na memória o que aconteceu. A ideia de que as tragédias não se repetem é uma ideia falsa”, declarou o primeiro-ministro, acrescentando: “As tragédias repetem-se quando os seres humanos repetem os erros que produzem essas tragédias.”

“Aqui tratam-se doentes, salvam-se vidas, mas onde se trava a pandemia é lá fora, cada um de nós com o nosso comportamento”, apelou o primeiro-ministro, cita o semanário Expresso.

António Costa falava no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, o centro hospitalar que mais doentes de covid-19 tratou ao longo do último ano em Portugal (3316 doentes), no final de uma visita realizada no dia em que se assinala um ano do primeiro caso de infeção com o novo coronavírus diagnosticado no país.

As declarações de Costa foram ao encontro das declarações proferidas antes pela ministra, mas também pelo secretário de Estado da Saúde, que lembraram aos portugueses que ainda não é tempo para se pensar em desconfinar.

Em entrevista à Antena 1, Temido considerou que a situação pandémica no país está “longe de estar tranquila” e, por isso, disse que ainda não era altura para falar da reabertura das escolas. Por seu lado, António Lacerda Sales defendeu que até à Páscoa “as coisas devem ficar como estão”.

Portugal entrou, esta terça-feira, no 12.º estado de emergência, mantendo até 16 de março as mesmas regras que vigoraram nos últimos 15 dias em território continental.

ZAP // Lusa

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