Eduardo Cabrita já falou com a viúva do cidadão ucraniano

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Mário Cruz / Lusa

Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita

O ministro da Administração Interna falou, esta segunda-feira, com a mulher do cidadão ucraniano que foi morto, em março, no centro de instalação temporária do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no Aeroporto de Lisboa.

Em declarações à rádio TSF, o advogado da família, José Gaspar Schwalbach, explicou que o ministro “demonstrou solidariedade e prometeu que a situação não ficaria parada, naquilo que dependesse do Estado português”.

O advogado referiu ainda que é urgente definir o valor da indemnização, havendo a expectativa da família “de que a situação seja resolvida o mais rapidamente possível, pois mais do que palavras precisamos de gestos”.

Segundo a mesma rádio, a Provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, a responsável por definir o valor da indemnização, disse, esta terça-feira, no Parlamento, que também pretende dar rapidez ao processo, acrescentando que aguarda há uma semana por elementos que pediu ao advogado da família.

Schwalbach confirmou à TSF esse pedido e explicou que, esta terça-feira, a maioria dos elementos que foram solicitados foram já encaminhados para a Provedoria de Justiça.

Os três inspetores do SEF que estão acusados do homicídio de Ihor Homenyuk começam a ser julgados no dia 20 de janeiro do próximo ano.

Na semana passada, o ministro, que tem estado sob pressão devido a este caso, anunciou no Parlamento que a legislação sobre a restruturação do SEF será produzida em janeiro.

MAI diz ser alheio a atrasos na construção do Centro de Acolhimento Temporário em Almoçageme

No mesmo dia, o Ministério da Administração Interna admitiu atrasos na construção de um Centro de Acolhimento Temporário em Almoçageme, para instalação de cidadãos requerentes de asilo e de proteção internacional, mas disse ser alheio aos mesmos.

Num comunicado divulgado após a provedora de Justiça ter voltado a criticar as condições do Centro de Instalação Temporária do Aeroporto de Lisboa, o MAI referiu que o novo espaço é uma prioridade desde 2017, mas a sua construção sofreu alguns contratempos.

Refere o Ministério da Administração Interna (MAI) que o Espaço Equiparado a Centro de Instalação Temporária (EECIT) do aeroporto “deve instalar, apenas, os cidadãos estrangeiros com recusa de entrada em território nacional e que aguardam voo de regresso ao seu país de origem, bem como cidadãos abrangidos por decisões judiciais de afastamento de território nacional, deixando de alojar requerentes de asilo”.

O ministério admitiu que o Centro de Acolhimento Temporário em Almoçageme sofreu atrasos, aos quais é alheio, dando conta dos percalços, nomeadamente suspensões de obra, ações judiciais apresentadas pela empresa responsável pela empreitada contra o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), com vista à resolução do contrato, até ao acordo extrajudicial que permite que a obra prossiga.

“Atendendo aos atrasos verificados, motivados pelas ações administrativas e judiciais, o SEF comunicou à Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna a desistência da candidatura ao financiamento através do FAMI (Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração), devolvendo o valor recebido a título de adiantamento — mais de 580 mil euros”, indica a nota.

Contudo, adianta, o MAI continua com a intenção de construir a infraestrutura, “que em muito contribuirá para um melhor acolhimento dos cidadãos que procuram o nosso país em busca de melhores condições de vida”.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Agora, para acabar de vez com esta triste história, é ter a dignidade de se demitir e o Estado Português indemnizar a família. E depois limpar o SEF e criar uma unidade que realmente funcione com alguém no seu comando competente.
    Uma vergonha!

    • Totalmente de acordo. Reagiu como se só agora soubesse, para tentar ilibar de novo a responsabilidade sua e do desgoverno a que pertence, o que não admira. É o modus operandi normal…. vir agora mostrar o quanto lamenta e que os culpadoz serão punidos, bla, bla, bla….
      VERGONHA

  2. Este pantomineiro tem de ir para o quintal comer bichos, para ver se ganha ódio ao facto de ele mesmo ser um bicho que só se lembra de um desastre nove meses depois.
    Ainda não despediram este estrôncio de m****? Porquê? O correio demora a vir, não é?
    Sinceramente…

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